Procura-se um Maximus

O anúncio seria mais ou menos assim: “Procura-se o Maximus Cassani, vulgo Max, charmoso, varonil, apetitoso e absurdamente encantador. Com um toque de romantismo único e simplesmente um hominho de papel.” Merda. Ficção.

Eu sei. Vocês não estão entendendo nada. Mas deixe-me explicar. Eu tinha pensado em fazer uma resenha fina sobre o livro Procura-se um Marido da Carina Rissi. Uma homenagem às brasileiras…seria um quadro avulso do blog…mas desisti…porque esse livro merece uma divagação.

Vamos aos fatos. Resolvi encarar as mais de 400 pages porque pra mim isso é fichinha…leio em uma sentada…oi? hahaha…Primeira coisa básica e absoluta: Amei a Capa. Minha Santa Margarida…que capa mais fofolete. Por ela, basicamente você já meio que lê o livro.

 

A mocinha é uma personagem que vai trazer à sua vida muitas sensações conflitantes. Em determinado momento você simplesmente não consegue definir se gosta dela. Ela é podre de rica ( só daí vc já morre de inveja rosinha dela…), gasta seu tempo fazendo besteiras pelo mundo afora, tem um temperamento completamente selvagem. O avô que a cria desde pequena quase perdeu todos os cabelos por conta da inquietude da moça.

Então…você vê um estereótipo: mocinha mimada, fútil, sem limites e sem noção. Irreverente ao extremo do que você puder imaginar. Well….a Carina Rissi já me fez chorar no início do livro. O avô da Alicia parte para um outro plano e a deixa sozinha e completamente despreparada para as coisas que virão. Tipo….aloooouuuu…choque de realidade total quando na leitura do testamento ela percebe que o avô colocou um tutor muito doido ( eu saquei desde o princípio…) pra cuidar de toda a fortuna dela, deixando-a assim…sem money, que é Good Nóis num have…sacaram? O money tava condicionado e ela teria que workar. Ralar pra ganhar seu sustento…na empresa do avô, que seria sua herança….herança essa condicionada a uma cláusula crucial: o casamento da mesma selvagem.

Logo de cara ela é detestada na empresa. E logo de cara ela se bate com o Max….ah, Max…seu lindo…. foi um ogro tão brucutu no início ( porque ele viu o estereótipo que todo mundo vê…). Destratou a mina, que não deixou barato, óbvio, afinal ela é uma mocinha selvagem, que tem respostas na ponta da língua.

Óbvio que os dois se engatariam em momentos de trocas de farpas e bla bla bla…até que…eis que…finalmente….calma. Vou falar. A Alicia tem um plano maquiavélico armado em sua cabecinha desmiolada. Alugar um husband por uma temporada até conseguir sair da merda. Merda mesmo, porque a bichinha fica mais dura que pão dormido 3 noites no relento, tem que vender seu lindo possante, andar de busão como qualquer assalariado, contar as moedas no bolso e …enfim….viver o que a maioria de nós vive. Esperar o salário para tentar pagar as contas.

Cansada desse ritmo enfadonho de trabalhadora braçal ( veja que ela começa de assistente da secretária…praticamente o pó do cocô do cavalo do bandido na hierarquia de trabalho…), ela coloca um anúncio e tem momentos hilários de possíveis candidatos completamente loucos.

Juro..eu lia o livro com um sorriso no rosto. Ele nunca me largava…porque a linguagem do livro, os diálogos, as situações que os personagens vivem, são absolutamente delirantes…dignos de te fazerem felizes só em estar lendo as pérolas ali descritas. A Alicia é hilária e ainda conta com uma amiga sensacional que a coloca pra cima em tudo ( eu me identifiquei super demais com a Mariana…hehehhe).

Well…preciso dizer algo mais? O lindo, loiro, musculoso, mega mara, de 1, 90 de altura, super avantajado e trabalhador Maximus, The Man, aparece e os dois fazem um acordo bom para ambos. Casamento de aparências, sem toques e afins. Até que ela resgate sua herança. Óbviooooo que a coisa não ia ser fácil e o pentelho do advogado começa a aloprar geral…

No meio tempo, ciúmes, briguinhas, momentos ardentes e sem os finalmentes, os dois descobrem o amor. Putz…se deixar eu conto o livro todo pra vcs. É simplesmente Mais que Demais, como diria Mavis Freestone. Você consegue ver a evolução pessoal da personagem, passa a simplesmente entrar no rol dos admiradores porque ela nunca deixa a peteca cair. Ela cresce ao longo do livro…e é o Maximus  acompanhar toda essa proeza.

Drama, comédia, bom humor, momentos calientes, mais drama, ação, emoção, lágrimas….tudo isso é misturado num balaio de gato muito doido quando vc lê esse livro. Carina Rissi é absolutamente SENSACIONAL. Não perde em absolutamente ‘nádegas” para Meg Cabot, Sophie Kinsella, Maryan Keyes e tantas outras do gênero Chic Lit. Ela nos enche de orgulho de ser um produto totalmente brasileiro. Made In Brazil mesmo. Um talento para escrever, um encanto como pessoa, uma delicadeza como autora.

De autora pra autora, Carina. Tu é A CARA.

E antes que vocês me perguntem, digo já: o Maximus está no meu harém, logo é meu. Tirem os olhos grandes e gulosos de cima dele.

E antes que vocês sequer cogitem. Não peçam o arquivo em download. Comprem o livro. Apreciem a beleza de saber que você está valorizando uma autora que vai arrebatar seu coração, tanto como arrebatou o meu.

Estou orgulhosa de saber que um talento desses faz parte da nossa nação literária.

Carinaaaa!!!! Tamu Junto!

 

Bjuuuu

 

P.S. Aposto que a própria autora nunca contaria com uma resenha despojada como esta…daí se chamar uma divagação.