Puro ENCANTO

 

Há tempos eu não assistia uma animação tão bacana que me fez assistir mais de sete vezes... em um prazo de duas semanas desde a estreia.

Encanto poderia ser apenas mais um desenho da Disney, com as qualidades perfeitas sempre esperadas em cada um deles.

Não bastasse criar uma heroína latina, representando os recônditos da Colômbia, eles ainda foram além e trouxeram uma das obras mais fantásticas para análise da dinâmica familiar que muitos devem se identificar.

O desenho fala sobre tudo. Sobre matriarcado, sobre herança, sobre dons que cada um tem a acrescentar dentro de um núcleo familiar.

Mas mostra o lado que muitas famílias tentam esconder embaixo dos tapetes do esquecimento.

Veja aí se você identifica aquele membro da sua família que é a peça mais forte, a que carrega o peso do mundo nos ombros, que serve como burro de carga em muitos momentos. Sabe aquela pessoa que nunca diz não? E que os outros fazem questão de pedir tudo, exatamente porque nunca receberão uma negativa? A Luisa representa isso. Ela é a mais forte da família, mas em seu momento mais vulnerável revela que o peso da cobrança tem sido demais para aguentar. É muita pressão.

E aquela sempre perfeita e quase uma peça de decoração e cartão de visitas da família? Isabela dá vida àquelas mulheres que são exigidas a viver num padrão de perfeição, porque nada mais poderia ser esperado delas. A beleza sendo enxergada somente naquilo que outros olhos consideram como belo. Há beleza em outras coisas, como num cacto, e não apenas nas rosas que são símbolo máximo de flor perfeita. E, mais uma vez, ela revela que age como a ‘perfeitinha’ apenas porque é isso que esperam, mas, na verdade, ela tem outros sonhos guardados.

Vamos além em dizer que Isabela estava prestes a aceitar um compromisso com alguém, só porque era o que a família queria. Quantas pessoas se veem imersas em relacionamentos malfadados apenas por aparência, ou porque precisam dar satisfação aos pais o avós? 

Temos aquela pessoa empática, que sempre se doa pelos outros. Sabe a tia do chazinho? Você está doente, e ela faz questão de fazer uma receita pra você melhorar. Ela te leva um bolo numa tarde chuvosa, porque acredita que isso vai te fazer. Um agrado e dose cavalar de carinho nunca são demais, não é? A Julieta, mãe da personagem principal dá vida a isso.

Temos a tia dramática, que acredita que tudo é motivo de caos, tensão, choro e drama. Muito drama. A famosa ‘tempestade num copo d’água’.

Tem o tiozão gaiato, sempre de bem com a vida.

Tem o primo fofo e maravilhoso. Antonio, seu lindo...

Tem o primo pentelho que gosta de imitar geral.

Tem o outro tio legal e que sempre apoia os outros, mas normalmente fica nos bastidores e se levanta quando é preciso.

Tem a prima caladinha que tem o ouvido atento e sabe os segredos da família. Podemos dizer que é o orelhão que passa o famoso 'telefone sem fio', inúmeras vezes, gerando confusão. Fui sutil em não chamar de fofoqueira, mas acho que todo mundo tem um membro desses na família.

Tem o tiozão considerado esquisito e fora do padrão considerado ‘perfeito’ para integrar a família. E aqui nós falamos do Bruno, sim. Ele é o cara que enxerga que há uma rachadura que pode ser criada na família, caso as coisas não se resolvam. Ele é o cara que vê sua 'voz' sendo calada, porque o que ele diz pode romper o padrão perfeito que foi cultivado com tanto cuidado. Ele é o cara que é isolado, porque os membros consideram que se o que ele diz não for para somar, então é melhor subtraí-lo da equação. 

Conhecemos inúmeros Brunos em nossas jornadas. 

Tem a matriarca. Aquela que exige, cobra e que conduz todos à mão de ferro. Nada pode sair daquilo que ela considera perfeito, e se não sair, ela dá um jeitinho de ocultar por baixo dos panos, para que os outros não vejam que há uma poeira na família exemplar. Por vezes, enxergamos apenas o lado rígido desta peça fundamental na família, e nos esquecemos de que há dores ali por trás também. E que essas dores a transformaram em quem ela se tornou. 

E aí nós temos a personagem principal, que acaba sendo o elo que une a família. Mirabel representa as pessoas que se sentem diferentes dos seus, mas que tem, sim, muito a acrescentar, desde que seja dada uma oportunidade para isso. Ela ama a família, mas como não tem um ‘dom’, um ‘talento’ especial, acaba sendo relegada a um papel insignificante dentro da dinâmica familiar.

A Mirabel representa muitos de nós. Ela dá vida aos imperfeitos, aos diferentes, aos peculiares, aos singulares. 

O nome Mirabel signifca maravilha, em espanhol. E sabe o que muita gente não costuma ver? Que todo mundo tem algo a acrescentar, algo maravilhoso e que pode ser único. Mas e daí se for diferente do padrão? 

Mirabel é emoção pura. E é ela que mostra que não adianta tentar manter uma imagem, se ela se torna turva em muitos momentos. Não dá pra mostrar aos outros que ali é um lar de amor e dedicação, se a família abriu mão da presença de um dos seus. 

O desenho aborda tantas nuances da dinâmica familiar, que aconselho assistir uma, duas, três vezes... E te desafio a se encontrar na fotografia. A se ver na imagem. Quem é você dentro da sua família? 

E o que você pode fazer para encontrar o melhor de si dentro da sua dinâmica? 

Seja Luisa, seja Isabela, seja Bruno... seja Mirabel. Acredito que se tivermos um pouquinho de cada um, como uma verdadeira receita de mistureba, nos tornaremos a nossa melhor versão.




 P.S.: Não preciso nem dizer que as músicas são perfeitas, e que o trabalho primoroso da tradução para versão em português caprichou mais uma vez, né? Você pode assistir tanto em inglês, quanto em português, o significado vai ser o mesmo e a mensagem vai chegar igual, mas vale a pena optar pela versão dublada, porque as letras das músicas ficaram impecáveis. 

Não é à toa que "Não falamos do Bruno" barrou "Let it Go", de Frozen, como a música mais baixada e ouvida dentre as animações Disney. 

Eu, particularmente, amei a música da Mirabel, da Luisa e da Isabela. Há verdades expressas em cada estrofe que tocam bem fundo na alma. 

Ah, sem esquecer a música "Ai, oruguita", cantada pelo Sebastian Yatra, que vai trazer uma lágrima ou duas ao olhos, associada com cena retrada em questão.  

 

As coincidências dos mundos de fantasia...

 


Vamos lá! Hoje foi um dia quase inédito na minha vida, quando decidi maratonar uma série televisiva. Maratonar livros é moleza, mas me colocar quieta na frente da TV para assistir inúmeros episódios na sequência é um feito raro.

Vencida pela curiosidade de assistir Sombra e Ossos, a nova série da Netflix, adaptada dos romances da Leigh Bardugo, encostei o computador (mesmo sabendo que tenho um livro para terminar...), larguei o Kindle (mesmo louca para saber o que vai acontecer no próximo capítulo), e me enfiei sozinha no meu quarto para ter um momento a sós com um universo de fantasia...

E, como não poderia deixar de ser, eu não sou uma pessoa que resenha de um jeito normal... então vamos às Divagações onde vou apontar algumas similaridades que encontrei nos romances da Bardugo com uma série de fantasia de outra autora superbombada também... E, sim, estou falando da Sarah J. Mass com sua Saga Trono de Vidro.

Estou aproveitando que a história está fresquinha na cabeça (já que li os 200 livros da série Trono em uma semana), e talvez seja por isso que consegui encontrar pontos que me lembraram demais outro universo.

Contém Spoiler da Série, então... quem avisa, amigo é.

Bom, a gente cai de cabeça no Universo dos Grisha... Pelo que entendi, a primeira temporada da Netflix já introduz personagens que são de uma duologia crossover, do mesmo universo referido.

Sombra e Ossos, Sol e Tormenta, Ruína e Ascenção compõem uma trilogia que traz a história de Alina Starkov e outros personagens impactantes como o Darkling e o chatinho do Maly (ou Mal... whatever... Foi mal, Mal... mas não fui com a tua cara...). Em seguida na ordem de leitura, vem a duologia Six of Crows (Sangue e Mentiras) e Crooked Kingdom (Vingança e Redenção), todos publicados pela Gutemberg, no Brasil.

Enfim, a primeira temporada vira um caldeirão com os personagens, num crossover louco, mas que faz todo o sentido... Ainda rola um acréscimo aí de outra duologia: King of Scar e Rule of Wolves.

Levanta a mão aí quem encontrou uma certa semelhança entre Alina e Aelin? Ambos os nomes com diversos significados em outros idiomas, mas que remetem à mesma raiz semântica: luz, brilhante, radiante... Algo do tipo.

Duas órfãs – uma, cujos pais foram mortos por um conluio do mal, outra, cujos pais morreram por causa de uma guerra orquestrada pelo... Maligno.

Ambas as personagens detentoras de um poder surpreendente e que pode salvar o mundo, acabar com a guerra... Whatever. Uau. Tipo... Go, girl... Aelin, de Trono, precisava salvar o mundo dos Valg. Alina precisava acabar com a Dobra que separava duas nações, cuja travessia era incerta por conta dos Volcras que rondavam por ali e gostavam de comer os tripulantes... Tudo imerso em sombras.

Se vocês pararem para ver, Volcra, Valg... são tudo farinha do mesmo saco sombrio e sinistro, cuja intenção é dominar o mundo e subjugar a ralé (‘noises’, os humanos...).

Como essas sombras podem ser derrotadas? Com um poder iluminado e radiante, fogo chamuscante e luz do sol espocante na cara dos infelizes. Aelin era descendente direta de Mala, a deusa do Sol. Alina detém o poder como Conjuradora do... Sol. Uau...

Coincidência das coincidências, eis que existe um elemento místico poderoso em ambas as sagas: Um Cervo magnífico e exuberante que aparece em sonhos e tchururu. E quando eles posam para a foto, rola um brilho louco e um símbolo misterioso surge do nada.

É claro que nos livros da Mass, o cervo apareceu mais vezes e, tadinho, não precisou morrer para rolar uma incrementada nos poderes da heroína. Inclusive, a cena em que a Aelin chega na guerra (atrasada, diga-se de passagem... Mas vou falar disso em outra Divagação), montada no galhado, é bem épica.

Em Sombra e Ossos, o infeliz teve que morrer e ainda teve os ossos implantados pelo Darkling nas clavículas da Alina (tadinha... ficou horripilante e com as pontas pra cima... tenso... não vai ter roupa que resista àquilo... Fora que deve ser bem desconfortável para dormir, né?).

Okay... na série da Bardugo, eles precisam encontrar amplificadores de poder para conseguirem destruir a Dobra. Na Saga da Sarah J. Maas, o lance tinha a ver com as três Chaves de Wyrd que precisavam ser forjadas num Fecho louco para fechar um portal e tchuru.

Outra coincidência... Mocinha novinha, franguinha, mal saída das fraldas que precisa aprender a controlar seus poderes e aceitar sua verdadeira identidade. Ah, e não vamos nos esquecer que ambas curtem uma paixão de infância, sofreram o pão que o diabo amassou, acabam chamando a atenção de um ser gostoso e milenar (tô falando do Rowan, delícia, e do Darkling, que calha de ser o vilão, mas ficou charmoso pacas com a interpretação do Ben Barnes, meu eterno Príncipe Caspian, de Nárnia).

As duas têm cicatrizes nas palmas das mãos, com um signficado especial... Ow... vou mostrar a minha também...

Ah, esqueci... nas duas séries existem uns monstros feios pra carái e que são capazes de dar pesadelos até aos mais corajosos dos mortais.

Outro ponto: Casais shippados maravilhosos. Bom, eu não shippei o tal Mal. Assumo que shippei a garota com o Darkling... E, ula-lá... a mina ainda teve um outro interesse amoroso na trama nos livros: Nikolay... Céus... essas meninas estão tomando o quê?

Não vamos nos esquecer que até a Aelin, ou Celaena Sardothien em seus tempos no crime, trocou umas bitocas com o Sam (R.I.P), o Dorian (Nooossa...), deu para o Chaol (tenho um ranço eterno por ele), até encontrar seu Carranam maravilhoso e espetacular na forma de um feérico puro e milenar, Rowan Whitethorn (Coiso mais lindo do mundo...).

No universo Grisha ainda rola o shippe do Kaz com a Inej e Nina e Mathias (tenho que confessar que garrei o maior crush no ator que deu vida a ele...).

Aaah... já ia me esquecendo... Lysandra, de Trono, tem um quê de Inej. Por quê? Porque ambas são cativas de dívidas com cafetinas escrotas e que fizeram questão de tatuar o pulso das personagens, marcando-as como mercadorias. Tenso. Fora que atuam como espiãs perfeitas e sabem lutar super bem.

Por último, mas não menos importante... Chaol (Trono) e Mal (Sombra e Ossos) têm mais em comum do que podemos achar a princípio. Os dois (o primeiro um pouco mais) olharam meio torto para os dons de suas respectivas ‘amigas’, desconfiados do poder letal que elas poderiam oferecer ao mundo.

Que mais, gente?

O primeiro livro de Trono de Vidro, foi lançado nos States em agosto de 2012, e aqui, no Brasil, em 2013. Mas não nos esqueçamos que Trono de Vidro foi escrito, inicialmente, em uma plataforma chamada FictionPress, em 2003, quando Sarah tinha apenas 16 anos (haja criatividade...).

Já Sombra e Ossos foi publicado nos States em meados de junho de 2012, e aqui, no Brasil, também em 2013.

O que é nítido é que as duas autoras escreveram suas histórias com uma forte influência de um universo fantástico em comum: Senhor dos Anéis. E isso fica muito mais claro na saga da Mass, do que na da Bardugo, com aquela guerra interminável que se estendeu por 8 livros.

A diferença aqui vai na escolha da personagem que serviu de inspiração. Mass escreveu uma história ‘baseada’ em uma Cinderela empoderada que nada mais era do a maior assassina do mundo.

Bardugo se baseou no universo de Anna Karenina, com um toque de magia impressionante, em um mundo com óbvias inspirações russas.

Gente... não vou falar mais coisa, porque senão posso sofrer ameaças brutais, mas eu poderia escrever mais três páginas facinho aqui... só comentando sobre os Feéricos de Terrasen, ou os Grishas de Ravka.

O que importa é que o mundo de fantasia é maravilhoso e te dá permissão para criar cenários e histórias inesquecíveis, com plots mais sinistros ainda e um monte de mortes espalhadas pelas páginas de cada livro.

Além do mais, nós acabamos rendidas por personagens marcantes e únicos, que se tornam eternos na nossa memória.

O maniqueísmo rola solto, porque um bom livro tem que ter o bem contra o mal, pra causar tumulto... E, é óbvio, que o bem vence o mal, espanta o temporal (quem é da minha época vai se lembrar de onde é esse lema e quem cantava o tempo todo...).

Ah, minha divagação se baseia na série da Netflix, okay? Não li os três livros da Bardugo, e até agora estou sem saber com quem a mocinha fica no final... Queria muito uma redenção do Darkling... Só dizendo...

 

Bjuuu

 

O vício pelo CHAI TURCO segue firme!


Céus... estou muito louca nesse chá.

Sério... passado o momento em que fiquei viciada no chá turco, eis que tive um período de abstinência, quando a série Erkenci Kuş acabou.

Veja lá... ainda assim o vício acendeu minhas entranhas, e quando percebi, eu estava criando fanfics (coisa que nunca tinha feito), tanto da série em si (o final, mais precisamente) quanto da vida pessoal de Can e Demet.

É aquele bagulho de você imaginar que os dois estão se pegando fooooorte quando ninguém vê e tals. Mistura imaginário com desejo ardente de que seja real o que vimos na telinha e boooom... quando a gente menos espera, está stalkeando a vida alheia, observando se há indícios de incêndio entre o casal, especulando quando um vai na casa do outro, como dormem, como vivem, como fazem... aquilo.

Tá. Daí, meio que desembalei a fanfic, porque querendo ou não, quando a gente deixa de consumir uma coisa, perdemos o vício, que acaba amenizado. Daí, eu estava vivendo uma vida trancs, longe das influências dos romances clichês turcos, quando pêi! Resolvi ver de “qualé” com uma série que está bombando no momento.

Mais um romancezinho básico, daqueles que a gente meio que mata e deduz o final só com o primeiro capítulo, mas na Turquia tudo é possível, até mesmo uma perda de memória de um personagem a poucos capítulos para o fim...

Então... lá fui eu. Senti uma conexão imediata com o ator (sempre eles... não sei porquê...), e resolvi dar a cara a tapa.

Tô sem entender por que até agora...

Furkan Andiç, ladies and gentleman.

Ai... Kalbim...


E booom... quando vi, estava maratonando. Virando a noite para assistir a todos os episódios disponíveis... querendo matar serviço, deixar de levar meninos na escola, essas coisas... só pra poder continuar assistindo o trem.

HER YERDE SEN conquistou meu coraçãozinho solitário e pedinte (ainda sofrendo porque não temos mais Can e Sanem).



O título significa literalmente: “Você por todo lugar”, e a história retrata muitas que já li por aí, mas que sempre aquecem meu coração, porque ficamos à espreita pelo desfecho e as tretas que acontecem até o final feliz.

A mocinha mora em uma casa superfofis, cria uma cabra, uma tartaruga, um peixe e, ocasionalmente, um cachorro que circula por ali pedindo comida...

Ela é despojada, colorida, divertida, trabalhadora, criativa e superprofissional. Ou seja... é o máximo. Além de tudo é linda. E fashion. Tudo bem que algumas peças de roupa são meio weirdo, e muitas vezes parece que ela tem uma mistura de Tumblr com Vsco girl, mas enfim... haja NEON pra fazer essa mina ser mais chamativa.

Furkan Andiç e Aybüke Pusat

Só que ela está pouco se lixando se as pessoas vão criticar suas vestimentas. Ela simplesmente vive de boa, na lagoa. Suave, na nave.

Bem, ela é designer de interiores, então pense que a casa dela é toda trabalhada nos trequinhos combinando e tchururu. Ahh! detalhe... ela tem amigas pra lá de bacanas na empresa. Nada de inveja seca e tals. Achei isso o máximo.

Certo... Aí, eis que certo dia, do nada, chega o mocinho ‘diliça’ na parada. Claro que isso tudo no primeiro cap, pra ficar estiloso.

O bonitão chega, entra na casa (essa mesmo que você está pensando), e pronto. Toma um susto da pêga, porque ele não esperava que tivesse alguém ali.

Vamos à explicação básica: ele passou a infância naquela casa. Está voltando de uma temporada no Japão, e resolveu voltar às origens em Istambul, então ele vai para o lugar que lhe traz memórias e que acabou de comprar.

Quando percebe que tem um intruso, consegue cercar a pessoa e dá aquele garro gossssstoso na parede. Tipo... Ops! Te peguei... huuuumm... que isso? O que temos aqui? Uma mocinha?!



É isso aí. Grito daqui, dali, ela ainda consegue dar uma reguada na cabeça dele, que desmaia por um instante. A polícia chega, vira um furdunço, mas pasmem: os dois são donos da mesma casa.

Whata HECK?

Comassim, produção?

Pois bem... a casa referida pertencia a duas irmãs trambiqueiras e enroladas nas dívidas, e eis que cada uma vendeu sua parte da casa, sem que a outra soubesse, para pessoas diferentes: Selin e Demir.

Ou seja, ambos estão munidos de documentos que comprovam que são donos legítimos daquele lugar, mas pera... foram ludibriados. E eis aí o núcleo zoado (porque sempre tem) da novela. As irmãs são peças raras e fazem de tudo para fugir de dar explicações a eles, e decidem que se os dois se apaixonarem, não vai rolar processo e elas não vão ter que devolver o dinheiro e tals.

Beleza. Pegaram o mote? Agora vamos para outro...

Selin trabalha em uma empresa de arquitetura e design. O filho do dono (nosso Osman de Erkenci Kuş) deveria ocupar o lugar na presidência, mas ele é um bestinha que se meteu com máfia e estava desviando dinheiro, em conluio com o gerente-financeiro, para o próprio bolso, sem o pai saber. Nisso a empresa ia atolar, ele pegou um puta “empréstimo” com a mafiosa a cidade e amarrou o pescoço num laço.

O pai, vendo que o filho mimado ia fazer merda, aceitou vender 20% das ações da empresa para um poderoso arquiteto requisitado no mundinho afora. Quem? Quem? Quem? DEMIR BEY. Isso mesmo, queridas... o Sr. Demir.

Ele é O CARA.

Mas quando chega na empresa, quase mata a pobre Selin afogada no próprio café. Por quê? Porque o infeliz mora na mesma casa agora, e também é o novo chefe!!!

Confusão feita, temos aí muitas cenas onde Demir tira as coisas de Selin do quarto e coloca no quintal, ela peita e leva tudo de volta, daí ela acaba indo dormir no sótão.

Ambos brigam por tudo, desde a disposição das coisas, a pequenos lances como compartilhar a cozinha, banheiro etc.

Um tenta gongar o outro, para que acabe desistindo de ficar na casa, mas nenhum arreda o pé.

Selin, porque comprou aquilo ali com muito suor. Demir, porque tem um laço afetivo pela casa.

Vamos combinar que Demir é o típico macho machucado e ferido na infância, com um trauma no amor que o incapacita a amar de verdade.

*Ele é fechado. Selin é expansiva.

*Ele é metódico e cheio de manias. Selin é descontrolada e zoeira.

*Ele é todo controlado, com horário certo para dormir, comer. Selin é virada no 220, dorme tarde, perambula pela casa, não consegue acordar cedo.

*Ele é todo lorde. Ela é uma moleca.

*Ele não come nada com as mãos, além de só consumir coisas saudáveis. Ela se afoga numa vasilha inteira de Frango no Pote, come com as mãos e ainda lambe os dedos.

*Ele pratica yoga e os movimentos fofos de Tai Chi Chuan todo dia de manhã. Ela não tá nem aí para atividade física.

*Ele é pé no chão e desacreditado no amor. Ela é sonhadora e romântica.

*Ela se vê como Wendy. E acaba enxergando Demir como seu Peter Pan. E acabamos identificando-o assim também, porque vimos que é um garoto ferido que ficou sem infância, sem pais, nada.

Mano... é a receita para o sucesso, né?

Qual é a grande pegada do negócio?

É série turca. Então tem todos os elementos clichezéticos que você puder imaginar. Mentiras deslavadas, planos arquitetados e malévolos, mulheres psicóticas que ficam obcecadas pelo macho gostoso, macho gostoso enciumado de mocinha fofa, despertar de sentimentos em meio a um puta conflito... tramas, dramas e lhamas. Ah, não. Pera... é cabra.



Palmas para o núcleo coadjuvante, que forma casais fofos também, calibrados no drama de relacionamentos e afins.

A novela traz muito isso: os dramas que casais enfrentam ante o mundo atual. É o casal de namorados novinho que tem que dividir o tempo entre os amigos. Os enciumados e necessitados de atenção. O pedante que casa com uma mocinha e depois não consegue dizer não para a família e a abandona, sendo que ela abriu mão dos pais (tenho quase certeza de que o ator que interpreta esse cretino teve que sair da novela, porque o sumiço dele foi bem típico das novelas turcas, quando extinguem um personagem do nada, sem razão aparente).



Gente... estou me divertindo. Sério.

Só sofrendo porque infelizmente não peguei uma série já finalizada. Acabei me enfiando na nova série de veraneio, então agora só me resta ficar esperando os capítulos uma vez por semana.

De repente... me vi em um déjà vu, à espera e pronta para ver em turco, depois em inglês, quando algum grupo santificado traduzir e tacar legendas. Heheheheh...

Enfim... passei aqui só para dizer que sim... sigo firme no vício.

E vou ali tomar um chá na minha tulipinha vinda direto de Istambul.

Ah, eu teria muito mais pra falar... muiiiiito mesmo. Mas já ultrapassei o limite de páginas, então aguardem, que em breve, devo trazer o assunto à tona de novo.

Bjuuuu


 P.S. Por algum acaso preciso dizer que eles se beijam só lá pelo capítulo 10? Mas também preciso dizer que é liiiiindo e valeu super a pena a espera?

Momento que o coração para...

Momento que o coração grita... porque esse teve até língua...
 
Momento suspiro ensandecido.


Santa Vingança, Batman!


Gente... lütfen, alguém me acuda.  Minha amiga Rita Costa é do mal, véi... Sério...

Estou eu lá... andando de um lado para o outro, à espera dos próximos capítulos da saga Woodstock turca. (Nossa versão hippie de EK).

Conversa vai, conversa vem, eis que Rita, vulgo, Ritinha, me fala assim... sorrateiramente:

"Martinha, tu tinha que dar uma olhada em Hercai. O cara é tipo um Miran Grey."

Isso aê que vcs leram. Não é Miran BEY, é MIRAN GREY! GREY, gente! Tipo o cara devia ser o molde turco do possessivo das amarras e chicotes.


E eu pensei: "Eitaaaaaa, poha... que Kebab é esse, gente?"


Ritinha deu o bisú. Fui conferir.

Primeiro a gente já faz aquela conferência show no casal protagonista.... Nhaaaammm...


Curti bastante. 

Depois a gente parte para a conferência da chamada impactante e tals. Huuuummm...





Manas... glupt... (engolindo em seco).


Estou destruída. Sério. Do momento que Ritinha falou e fui checar onde assistir, catei o balde de pipoca, sem grandes pretensões.

Pensei: "Vou ver qual é a dessa treta aqui."


Porque pensem comigo: Moço cheio de ódio no coraçãozinho negro, vai se vingar da família rival desonrando a mocinha virginal.

É receita de treta, gente. E das fortes.


Aí... lá fui eu. Já me deu um siricutico porque o cabelo da mina é desgrenhado. Tipo... oooooi, Sanem andou passeando nesse vilarejo, só pode.

Gritei pra mim mesma: "Qualé, véi! Cadê uma progressiva nesse país?" É greve da equipe de cabeleireiros das emissoras de TV, é isso? Nego se revoltou e resolveu fazer as minas no estilo livre, leve e solto depois de uma ventania do carái, chuva intensa, secagem sem pente, vento do carro conversível?! Pensem no fuzuê de um cabelo nesses eventos. É o cabelo da mina.


Minha nossa senhora da vingança sangrenta.


Olha o babado:


Duas famílias poderosas e rivais. Os Şadoğlu (gente, leiam Shadôluh) e os Aslanbey. Agora projetem para Capuletos e Montecchios. É nessa vibe a intensidade do ódio.
Opa... claro que não. É mais, gente. É muito mais. É dramaturgia turca! Intensidade nível hard.


Tá. Reyyan "Shululu" é a garota do cabelo louco. Ela vai fazer a Cinderela ter vivido um sonho de amor quando morava com a madrasta e as vacas das irmãs.

O avô bigodônios detesta a mina. Com força. No primeiro cap a gente já fica sabendo a razão. Ela não é uma "Shakolú" de sangue. O filho mais velho dele casou com a mãe da Reyyan, já grávida, viúva de outro homem. Mas se preparem para amar o pai "Shoyolu". Hazar é o cara. Ele criou a mina como se fosse dele mesmo e tem um amor verdadeiro pela filha.


Certo. Nessa novela vcs têm que estar preparados para entrar nas tradições mais doidas das raízes turcas. E uma delas é que todo mundo cala a boca e obedece e apanha do patriarca bem quietinho. E oferece chá depois. Só pra amaciar o véi.


Então... lembra da madrasta? Da Cindy? O avô da Reyyan é o padrinho da bruaca. Porque... eeeeita, homem ruim da pêga!

Mas preparem-se... tem pior.
O mocinho, nosso Grey turco, é um Aslanbey (e manas, Aslan significa leão, então pensem no rugido do rapaz... sorte que ele não levou a sério o lance de ter juba. Inshallah...).
 Nosso bofe tem 30 anos e só usa preto. Ou variações de preto. Já supercurti isso nele. Porque ficou estiloso pacas.

Certo... ele foi criado pela avó, acreditando que o Hazar, pai da Reyyan, matou os pais dele quando ele era criança (é fake, mas ele acredita)... Bir dakika... um minuto da sua atenção, lütfen: a avó dele é a personificação do capeta em versão feminina, turca e de véu. Ela é a cópia do Corvo do poema do Edgar Alan Poe. Toda de preto, sempre de olho, com aquela make de kajal nos zói que deixa a mulher com uma cara aterradora.

Memes da geral é colocar a Azize do lado da boneca Momo. Meeedo.


Daí, ela criou o neto para destruir a família “Sholo-lolo” com força. Naquilo que eles mais prezam: HONRA.

Eitaaaaa, poha... Qual foi o plano? O Boy dar um jeito de casar com uma das filhas da família rival e desonrar a moça. Tipo... casa, leva pro shananã e larga no dia seguinte, na porta da família, como se fosse uma mercadoria estragada. Isso pra eles dá morte, manas. É um atestado de que o noivo descobriu que a noiva não é mais virgem...
Eita... se a moda pega... tá todo mundo lascado. Digo, se esperarem a virgindade das mocinhas de hoje. Hahahahahaha.

Tá... calhou que o Miran viu a Reyyan e falou: eita... é ela. É essa que eu quero amarrar no quartinho da dor e fazer umas maldades delícia regado a muito chai.
Manas... cês não têm noção... a outra moça da família “Shokoloku” fica possuída de ódio. Tipo a filha mais pentelha da madrasta, saca? Porque ela quer o Miran a todo custo.

E aí, amigas... nem preciso dizer, né? Rola um instalove da parte da Reyyan, que é doida pra casar e fugir do inferno astral que ela vive no mausoléu. Mas calha que o Miran também curte um fling looooouco por ela. Só que aí fodeu...
Ele tem que cumprir a promessa pra avó “cria” do Thanos e ele... tadam!
Ele faz, amigas. Ele cumpre a poha toda. Mas faz com estilo. Ele casa meeeermo (casamento falso), tira o lacre da moçoila (não sei se tava no script, mas ele fez valer o direito de marido), tem um momento épico e pah! No dia seguinte, abandona a fofis numa cabana. E diz umas palavras terríveis pra ela.
E ali ela jura, kinen Scarlett O’hara, em ...E o vento levou, algo do tipo... “Eu juro, pela terra que está sujando este vestido de noiva pesado do caralho, que jamais passarei fome novamente.”... Opa... misturei as falas: “que jamais perdoarei você enquanto eu viver... seu coração vai queimar em fogo lento pelo mal que você me fez.”

Manas... pensa no desespero! A mina já deduz logo o que vai sobrar pra ela. DESONRADA, ODIADA pelo véi... fodeu. Ela vai MORRER meeeesmo.
Daí, o que ela faz? Entra na cabana e taca fogo lá, com ela trancada, pra morrer ao estilo Joana D’Arc.
Sério... que cena tensa.
 Pera... mas ela morre? Claro que não. A avó do mal manda o capataz tirar a guria da cabana e despacha a minha em praça pública, na vila da cidade. FO-DEU forte. DIFAMADA.

Primeiro: CHOREI pra cacete na cena derradeira do Miran dando o toco nela. Manaaaas, eu sofri na pele.
Daí depois chorei mais... porque... putz... Vc tem que assistir essa série com um kleenex do lado, ou corre o risco de ter que limpar o nariz na gola da camisa. E vai ser meio nojento... porque é muito choro, gente. Sério.

Meu Deus. Nunca assisti uma série com emoções tão viscerais como essa.
Eu cheguei a ficar com enxaqueca de tanto que a mocinha chora. E sofre, E chora mais.
Porque vamos lá... a maldade é tosca. Sabe por quê? O Miran é casado! CASADO!!!! Cacete.
Logo, quem a mocinha ganha de brinde pra virar arqui-inimiga? Quem? Quem? A esposa mal-amada do cara. Miran casou com a prima, naqueles casamentos arranjados e de família, só que nunca traçou a moça.
E ela tem um rancor monstro com isso. Imaginem.
Hahahahhaha.

Pera... eu não tô contando o meio, quando o Miran se arrepende do feito e resolve salvar a vida da garota. E ele leva a mina pra onde? Para o ninho dos Aslanbey.

Direito até a cena "Você quer brincar na neve..." Hahaha


Ou seja... Reyyan passa a ter uma penca de inimigas no caderninho da morte: O avô, a tia, a prima, o tio, a mulher pentelha do Miran, a sogra do Miran, a avó do mal do Miran.
Manas... É muito rancor, ódio, artimanhas, intrigas, xingamentos, ofensas, segredos e crimes hediondos em uma série só!

Não é à toa que a bicha está no ranking de maior ibope da Turquia. Porque Turcos gostam de sofrênciaaaaaaaaaa... de muito choro... meleca escorrendo, olhos marejados, lágrimas sorrateiras, baba voando...

Meu... interpretação pra lá de impecável do elenco. Sério. Nego ali tem que ir pro estúdio gravar munido de uma pastilha de mel com agrião, porque vão gritar até se esvair; analgésico, pra tomar depois da enxaqueca; pepinos. Esses são pra colocar nas olheiras monstruosas que ficam depois de cenas e cenas de choro. Ah, e vamos dar os parabéns para a maquiagem que eles usam. Clap! Clap! Não borram nem a pau, Juvenal!

Oh. Raio-x básico pra vcs entenderem porque o Miran ganhou o apelido de Grey. Ele é possessivo, obcecado, dominador (teve até ceninha onde ele amarrou as mãos da mina... Uiiii!), apaixonado, psicótico, rico pra carái. E eu achei ele meio parecido com o Grey. Sei lá. Pode ter sido por indução. Mas digo a vocês... o cara tem uma encarada mortal que deixa qualquer um no chinelo de dedo com um prego consertando a tira arrebentada. Sério.

Pronto. Receita certa para a mocinha... submissa, fofa, desajeitada, sonhadora, pura e virginal, inocente e blablabla.

Hercai significa Orgulho em turco. E vcs verão que os mistérios e segredos, as emoções e pirraças, a teimosia em admitir o amor um pelo outro (só do Miran, porque ela admite logo de cara), são guiadas por orgulho. Seguido de sede de vingança. Disputa por poder e ... qualquer outro sentimento que vocês queiram acrescentar no imbróglio.

Eu. Tô. Chocada.

Assisti aos episódios todos de uma vez, perturbando a Ritinha pra me dar spoiler, porque sou dessas.

Agora estou roendo os dedos, comendo as unhas, tomando remédio pra gastrite... porque tenho que esperar Erkenci Kus e Hercai.

Acabou minha life.

Sintam o olhar do moooooço. Wai, wai, wai ( como dizem Uau na Turquia...)


Descobri minhas origens em Istambul


 Okay. Por onde começo? Nem eu sei.

Era uma vez uma pessoa normal (okay, eu nunca fui muito normal...). Mas era uma vez uma pessoa que tinha uma vida... opa... risquem isso também... normalmente eu dedicava boa parte do meu tempo a escrever. Daí, eis que tive que fazer uma cirurgia na mão que me obrigou a ficar quieta e colocar a escrita um pouco encostada. E foi o que fiz.
Então eu li. Li pacas. Tirei o atraso de vários livros que eu precisava. Mas uma coisa andava me pentelhando... A loucura das meninas por um tal bonitão de uma novela turca...
Eu, no meu auge de pensamentos coerentes pensei:

  "puuuf... sasminas são todas looookas, mano... novela turca? Wadarréu... o povo está falando em TURCO! Aloooooou!!!"

 Tudo bem, eu sei que no Brasil já tivemos algumas novelas turcas traduzidas, mas aqui estamos falando de Novela TURCA mesmo. EM TURCO. Traduzida por grupos de fãs que fazem aquele esforço em conjunto para traduzir o ininteligível aos nossos ouvidos a la língua portuguesa...

Aí pensei de novo ( quando eu penso é uma loucura... sai fumaça e tudo...):

"Ah, vamos lá... bora ver dequalé desse trem. Tu tá a toa mesmo ( essa era eu conversando com minha pessoa louca interior...)."

Fui lá. Estalei os dedos. Entrei no youtube e digitei o nome do trem:

ERKENCI KUş ( até o final do post eu caço o caractere correto que devemos usar nesse trem, só sei que vc tem que falar com um sotaque fofíneo... algo como "Er-kendji Kuuuuush". Pense em cuzcuz. Pronto. Inclusive, Cuzcuz é uma palavra árabe. Ará!!! )

Para quem não sabe, vai a tradução:

Erkenci = Madrugador
Kuş = Pássaro

Pronto. Já ensinei um trequinho. Viram como sou legal?

Tá. Por favor. Não posso negar um fato óbvio.
O grande motivador para arriscar assistir tem um nome:

Can Yaman. O ator principal. Yaaaay. Grande motivador.
Ainda mais para nós, viciadas em livros e em mocinhos.


Hello, hello, güzel.

Tenho que confessar: falou novela turca, fui logo pensando no quê? Hein? Hein? No nariz turco. São famosos. Sejamos honestas. Essa é a realidade.
Qual não foi minha surpresa ao me deparar com este Kebab. Opa, mocinho. 
Pensei eu: "céus... onde você se escondia, homem? Todo esse tempo?" Daí, futucando a vida alheia acabei percebendo que eu já até tinha visto o moço nesses posts de 'bonitões do mundo árabe'. Embora, vamos esclarecer umas curiosidades aqui...

Can Yanam, e vamos à curiosidade número 1: O nome se pronuncia "Djan", porque o C, na língua turca, tem o som de Djê. Rá. Estudei. Hahahhaha...

O moço, actually, é nascido na Albânia, um país da Europa que faz fronteira com a Sérvia, Macedônia e Grécia. É um país que fica na costa no Mar Mediterrâneo e fica bem perto do salto da bota da Itália. Quase. Tá aí uma explicação para o cara falar italiano também... deve ter dado umas passeadas bacanas de iate e tchururu... 
Enfim... é um cadikin longe da Turquia (não dá pra ir a pé e tals), mas como ele foi parar lá, I have no idea. É assunto para pesquisa muito mais aprofundada. 

Enfim. O moço é advogato, digo, advogado também. Noooooossa. Viram? Lá também não deu certo esse lance de ficar suando em bicas nos tribunais da vida e tals, defendendo a justiça, que muitas vezes é cega. Ele foi é fazer jus à beleza que Deus concedeu a ele em abundância e mostrar que a justiça pode ser cega, mas as mulheres não são. Hehehehhe. Okay, foi tosco. Mas valeu a intenção.

Certo... vou entupir esse post porque tive meio que uma overdose, então vou contaminar vocês todas. K-gay.

Ops. Engasguei com a azeitona.

Eita fefo. Lá fui eu, seduzida pelo enredo. Leram bem: ENREDO da novela...  cof cof... E comecei a assistir. Meus olhos esbugalharam no momento em que o personagem apareceu. Foi épico. Lembro-me como se fosse anteontem... hahahahahha... estava eu, de bobs, comendo um biscoito. Quase morri. Entalada. 

Bom, o moço faz bem aos olhos, né? Digamos que ele cumpre um estereótipo que curtimos um pouco nos livros. 

*Barba. Check
*Coque samurai. Check.
*Alto e musculoso. Check.
*Olhar assassino. Check.
*Sorriso comatoso ( aquele que coloca as 'muié' tudooooo em coma). Check.
*Macho alfa. CHECK.


Tudo bem. Já sabemos como o senhor fica sem camisa, moço.

Jeito peculiar de dar uma olhada
Eu falei da olhada, não falei? É algo meio surreal. Pra vocês terem uma ideia, não somente isso. O ator desenvolveu todo um gestual para esse personagem que acabou transformando o cara numa espécie de sonho de consumo tipo 'eu sou um quase Sr. Grey, sem ser Grey, com um misto muito doido de Sr. Darcy'.

Vou explicar. O cara é um macho alfa. Possessivo e dominador. Opa. Não no sentido de DOM. Mas de ser o que domina na relação, embora a mocinha é o tipo de garota nada Anastacia, que faz com que nos sintamos um pouco 'ela'. Mas ele é um cavalheiro completo e mesmo sendo um ogro em alguns momentos, ele é apaixonado pela mocinha meeeeesmo. Mocinha louca.

Vou explicar também. A Sanem é uma mocinha surreal. Mano... ela se envolve em cada situação vexaminosa que eu fechava os olhos e pensava: não, mana... não faça isso... você vai passar vergonha... por favor...

Mas é hilário. Porque ela mantém a candura de personagens ingênuos e doces, mas que são loucos e espontâneos e que têm um jeito único. Aquele jeito capaz de conquistar o bonitão do vale do silício e deixar o migo caindo de quatro. 

Tudo começou assim:

A garota é a filha caçula de uma família suburbana e meio barraqueira. Pense um pouco na cultura turca, porém adaptada para o lado ocidental ( eu digo isso porque, quando pensamos na Turquia, pensamos no mundo árabe. Quando pensamos no mundo árabe, pensamos no mundo muçulmano. E quando pensamos nisso, pensamos em hijabs e burcas. Mas você não vai ver uma dando sopa por ali). 

Há um colega de infância, maluco beleza total, zoado, pirado das ideias, que jura pela alma da mãe dele que vai casar com a Sanem. Para escapar desse destino cruel, os pais dizem que ela tem que trabalhar então e tals. Até então ela atendia na vendinha dos pais, no bairro. 

Núcleo da Sanem

A irmã mais velha trabalha numa agência de publicidade como secretária. Estão seguindo? É o famoso clichê que amamos.

Sanem odeia rótulos ou coisas que a aprisionem. Daí ela ser muito como um pássaro. Ela quer ser livre. O sonho dela é ser escritora ( o nosso também, fofa), e ir morar em Galápagos ( eu não iria tão longe...). 

Mas ela se vê obrigada a ir trabalhar no mundo capitalista para fugir do casamento e tals.

Estudando a cultura turca ( e sim, eu estudei para poder divagar para vocês), vocês verão que as famílias tradicionais têm um lance muito sério com o casamento e tals. A mãe do noivo é quem 'escolhe e decide' se aquela mulher é ideal para o filho dela casar. Se ela aprovar, eles informam a família da 'noiva', que irão tomar um chá na casa da moça. O cara leva rosas e uma caixa de chocolates. Pronto. Tá feito o compromisso. Hahahhahaha...

Enfim...

Okay... Onde eu estava? Na Sanem. 
A irmã concorda em levar a mana para tentar uma vaguinha no trampo, mas com medo de passar vergonha. Porque sabe que a Sanem, certamente, fará isso.
Ela entra como aqueles empregados "orêia seca", saca? O leva e traz que faz tudo. O escravo. O lerê. Tudo sobra pra eles. No caso, pra Sanem. Mas ela tem um instrutor no mesmo cargo, o CeiCei (DjeiDjei), que vale a novela inteira. Eu morro de rir das cenas deles. 

No primeiro dia já rola uma festa dos 40 anos da empresa. E pah... todo mundo tem que ir. Mano... como a Sanem descola um vestido estiloso na hora H, até agora estou tentando descobrir, mas paciência... 

Nisso... o filho mais velho, gostoso, bonitão, fotógrafo famoso ( yeap... pior que tenho um personagem assim, mas escrito antes de eu começar a assistir esse vício... dang... era o destino), volta depois de um longo tempo longe do ninho e vai para essa festa, encontrar o papis e o irmão mais novo, Emre, que trabalha na área de finanças da agência. 

Pá. Chega a festa. O CeiCei fala para a Sanem que eles vão ficar no camarote tals, mas a San resolve ir ao banheiro antes ( te entendo, garota...). Só que o CeiCei estava presumindo isso. Quem ficaria no camarote era o Can e a namorada. Hehehehheeh...

Estão seguindo?

A Mina chega lá... toda no escuro, com medo, tudo muito novo, luxo que ela não está acostumada e fica à espreita, no camarote.

Can entra logo depois. Tudo no escuro. E vê apenas a silhueta da mulher que ele "presume" ser a namorada. E pá! Já chega naquela puxada de braço fooooorte e tasca um beijo. ( Explicando dois pontos aqui: O Can vive um relacionamento meio io-iô com a namorada. E à distância. Logo, eles não se viam há um tempão. Fora que a Polén mora na Inglaterra. Ela tinha ido só para essa festa e para dar uma traçada no bofe. Óbvio. hehehhhe... Outra coisa... o beijo, ou beijooooos nas novelas turcas são um caso à parte. Não vá esperando avistar línguas quilométricas ou beijos de dez minutos de duração. Muito menos aqueles beijo CPR. É tipo uma colada de lábios, a música de fundo, a cena em câmera lenta e meio congelada... e você roendo a unha e pensando: whatafuck?)

OKay. Eles trocam um "beijaço" no escuro. Daí quando rola o momento de percepção de "ops, quem és tu, moço?", a Sanem só olha para o sapato social preto e pah! Sai correndo do camarote e deixa o Can a ver navios. Literalmente.



Pá!!! Beijo no escurinho, só na penumbra.

Pronto. Fica o mistério. Sanem passa a tentar descobrir quem foi o boy magya que deu-lhe uma bitoca épica na festa, e o apelida de Albatroz. Ela tem meio que um fascínio por esses pássaros e explica a razão em um momento. 

E gentem... lá vai a mina trabalhar no dia seguinte. E olhando para todos os lados, caçando os homens de barba. Hahahahhaha... Até que chega um momento ( até então ela ainda não tinha colocado os olhos no Can, nem sabido que era o que estava assumindo a agência no lugar do pai)... e ela fala para uma pessoa do trampo sobre o novo chefe. E blablabla... fala e fala. E a galera tentando avisar que o cara está atrás dela. E esse é o instante em que os dois se conhecem. 

Manas. Vamos lá. Barba. Eu já ficaria meio que hipnotizada imediatamente. Calma. Não pelo motivo que vocês estão pensando... taradas... 
É porque eu tenho TOC, e tenho mania de ficar procurando por fios que estejam desalinhados. E puuuuuutz grila. Se tiver, pense na vontade que tenho de dar uma ajeitada... sabe quando tu tasca um cuspe no dedo e arruma aquele fio da sobrancelha desajeitado? Tipo isso. Foi nojento... eu sei. Hahahhahahah.

Enfim. Este homem abaixo parou ao lado dela (eu teria hiperventilado fácil):

Não bastasse o acinte, o homem ainda ostenta uma marca de roupas. Céus.

E aí começa o jogo de caça e rato. O Can, em pouco tempo detecta o "cheiro" do perfume da Sanem e pah! Sabe que foi ela a mocinha em quem ele sapecou um beijaço "épico" (para os padrões turcos, claro). 
Ele descobre, mas mantém em sigilo. E vai dando corda, descobre que a mina está à procura do homem e que ela o apelidou de Albatroz. 
Detalhe: Can tem uma tatuagem de albatroz no peitoral, além de usar um colar com o pingente. O dia que a Sanem descobre isso, fica de queixo caído. Mas ainda assim não chega à conclusão óbvia que ele é ele.

By the way, a tattoo não é verdadeira. Que pena.


Curiosidade nas novelas turcas:

Eles são bem rígidos e criteriosos com certas coisas. Beijos? Tem que ser em um tempo curto, poucos, nada acintosos, depende do horário em que a novela passa e da classificação. Se for mais adulta, as cenas de love podem "induzir" um pouco mais de saliência, mas nunca espere ver um nível Verdades Secretas. Nem mesmo nível Malhação, que anda pesada para assistir no horário. 
Logomarcas de roupas, carros, lojas, qualquer coisa, ( até lombadas dos livros nas estantes) têm que ser "cobertas" por um borrão. Salvo à exceção quando for uma patrocinadora, tipo, se vocês observarem, verão que as latinhas de Red Bull não estão embaçadas. 
Quando os personagens bebem, observem que os copos nas mãos deles, ficam embaçados na imagem, tipo um blur. Deve ser uma espécie de "se assistir, não beba" ou "não beba o que ele está bebendo". Ou... "é ilusão de ótica o que você está vendo... na verdade, eles não estão bebendo nada".  Hahahahahha...

Naaaannn... é mais para se safarem das regras rígidas, sei lá. Não dizerem que estão incentivando vício ( mas estão, porque o CAN é um vício, pohaaaam). 
E veja... os personagens bebem pra caráaaaaaai. E não tem essa de lei seca. Eles bebem e vão dirigir na vida. Eles usam celular dirigindo. Eles bebem de manhã cedo, em qualquer horário. Eeeeeita, Istambul doida.

Outra coisa muito loooouca... o horário de trabalho. Minha nossa senhora da carteira trabalhista... que coisa de doido. Ali é um território sem lei. Até agora não consegui descobrir quantas horas de trabalho a Sanem tem que cumprir, que horas entra e que horas sai. 
Mano... ela sai toda hora. Tudo é muito perto. É tipo... "vou ali na casa do chapéu rapidinho e volto pro trabalho e a chefe nem vai perceber...

Outra coisa engraçada pacas... a facilidade com que a Sanem tem de entrar na casa do Can. Hahahhaah... Algumas vezes ela toca a campainha. Outras, ela simplesmente chega, chegando. Pah! Oooooiiii... tô aqui. Entra no quarto, no banheiro. É doido.
Entra pelo jardim, pula muro, o portão eletrônico ali é inexistente. 

A facilidade com que sai de casa rapidinho e vai para outro bairro. Mano... tem que ser de uber teletransportador... E consegue escapulir dos pais sem neeeeem que percebam a ausência da fofa que, de repente, resolveu ir na casa do bofe delícia.


Vamos ao principal:

Quando Can assume a empresa, o irmão mais novo, que pensava que seria o chefe no lugar do pai, fica putinho e meio que surta. Elabora um plano maligno ao lado da vadia-mor, Aylin, a ex que não deixou de ser ex coisa nenhuma, mas todo mundo pensa que é ex. 
A bicha é uma vaca. TOTAL. Não perde em nada para as vilãs mexicanas. 
E os dois armam um esquema de espionar a empresa do Can e roubar as ideias geniais que dali brotam. Para isso, acham um bode expiatório. Quem? Quem? 

SANEM.

Ela se vê enredada numa 'rede' de intrigas do mal que daria gastrite a qualquer cristão, e só não se transforma no Pinóquio porque é tecnicamente impossível.
E mente. E mente. E mente. Mas o remorso corrói. Corrói. Corrói.
Ainda mais porque ela vai ficando encantanda pelo Can ( sem se tocar que é o Albatroz dela), e vice-versa.

As interações dos dois são fenomenais. E te fazem roer as unhas. Porque eles ficam apenas se "cheirando" ( como disse minha amiga KIKI), por longos capítulos. Nada do momento derradeiro. Nada do tão esperado beijo. Nada.Só o prenúncio e tals.



Nesse meio tempo as cenas são fantásticas e têm tudo aquilo para aqueles que amam um clichê... ex amantes pentelhas, pretendentes, cenas de ciúmes loucos, de ambos os lados, um ata e nem desata, um decide e não decide. Mentiras que não são reveladas. Ameaças. Tretas. Tretas. Tretas. Mocreias que querem seduzir o Can, caras que querem a Sanem a todo custo. Tretas. Tretaaaas.

Isso faz mal pacas para meu sistema nervoso. Confesso que ele fica mais nervoso que o próprio CeiCei. Eu tenho fobia a enrolação.

Eu fiquei com vontade de estapear a Sanem, por acreditar e ainda cair nas armadilhas do irmão invejoso do mal. Mesmo já tendo admiração pelo bonitão irmão mais velho. Eu pensava comigo... Sa... neeeeeem... ah, neeeeem, mina... não faça isso!!! Segura o Djan, amarra o Djan, segura o Djan, Djan, Djan, Djan... 

Hahahahhahahhahahahhaha.

Pausa para eu recompor meus miolos. Parem de revirar os olhos aí do outro lado da tela, por favor. Hahahahha;



Outra coisa bem diferentona do usual:

A novela tem sempre cerca de 2 horas e 10 minutos de duração. (Passa uma vez na semana, ao sábado); Mano do céu... eu não tenho fôlego e persistência para assistir série de Netflix... que dirá duas horas. Mas me supreendi. Porque a novela tem ópio. 
A bicha me fez ficar com vontade tomar chá. É o tal chá o tempo todo. O TEMPO TODO. E há alguma troca secreta e mensagem submilinar, segundo as Canáticas, opa, fanáticas... 

Chá = çay  

Está aí a palavra que eles falam tanto. Lendo 'Tchai'.

Essa ao lado do Can sou eu, depois de virar uma noite inteira para assistir à novela. Tô bem magra, eu sei, mas passo bem agora. Hahahahahha.

Pensem... cada capítulo tem cerca de duas horas e dez. 130 minutos. Até agora assisti 21 Capítulos. Isso dá um total de 2.730 horas da minha vida que eu podia estar roubando, matando, dormindo, comendo, varrendo a casa, escrevendo meus livros ( que tenho prazo), lendo... mas o que estive fazendo? Estive assistindo novela turca.
Eu dei Günaydin para os meus filhos, quando eles acordaram de manhã. Eu estou com medo de chamar meu marido de Moti Bay. 

Lembra que falei do Sr. Grey? Aqui é Can Bay. Djan Bay (bêi).

Bay significa Senhor, em turco. ( Inclusive, há um capítulo em que o Can faz uma "ameaça" tão sutil a la Grey-Darcy. Algo como: "Sanem, se você continuar me chamando de Senhor Can, vou ser obrigado a ter beijar". ).

E o segundo beijo mesmo? Só vai rolar lá no capítulo 12. Ou seja.. 1.560 horas depois que a minha bunda virou pó. Que já não tinha mais cóccix. Que já não tinha mais vida própria. Mas valeu a pena. Foi épico.




Momento divagante:

A TV turca pode até ser bem rígida com certas coisas, mas não deixa a desejar na exposição da figura. Mano do céu... eles gostam de mostrar esse homem sem camisa, malhando, correndo, molhado, tomando chá, encarando as pobres inocentes, passando o dedo nos lábios, coçando a cabeça, arrumando o cabelo... Affff...

Hum-hum. Senhor Grey. Ops, Can bay.



As mulheres não usam burca, certo? E embora na cultura turca seja meio que proibido mostrar muito o corpo ( 45% da população ainda vive no regime mais conservador... É. Eu estudei.), os figurinistas adoram explorar as pernocas, barriguinhas ( de leve) e decotes das atrizes. Como elas não podem mostrar o físico como o Can, por exemplo, então, taca-lhe short e saias curtas. 

O que percebi foi... as mocréias não têm bunda. Logo, a equipe de figurino explora nos decotes. Sério. É só reparar. Aylin não tem bunda. É desbundada total. Polén também não. Deren a mesma coisa. Ceyda ( vaca cacheada do momento... vaca) tb não. 

A Demet, atriz que interpreta a Sanem, tem bunda, e pernas bacanas, logo, no início da novela, ela sempre ia de short para o trampo. E tênis. Jesus. Saia e tênis. Vestido e tênis. Perdi as contas dos modelos de tênis que ela ostentou. 
 ( Não sei se as que assistiram repararam, mas houve um capítulo em que o Can comparou a Sanem a uma mulata e simulou um samba... heheheh... Viram? Bunda.)

Estava tão empolgada com as roupas, achando bacaninhas e tals. Elegantes. Até as vilãs tinham a aura da elegância turca. Os brincos... minha nossa. Paquerei um brinco da vadia Aylin por um capítulo inteiro e quase cortei o meu cabelo do mesmo tamanho. Achei chique, glamoroso.

Pá! Eis que de repente, as minas me avisam que a coisa desandaria. Que as roupas iam começar a "bregalizar" ( eu sei, inventei essa palavra); Çok Çirkin (tchok tchirkin)... Muito feias. 

Feias pra caralho. Parece que os anos 80 impregnou por causa de um capítulo inteiro e pá! Voltou veludo vinho com força total. Babados. Mangas bufantes.  Roupas brilhantes com couro ( tenho pesadelos até agora com uma roupa da Deren...) Jesus amado. Os brincos passaram a virar arranjos de Natal. As mulheres começaram a usar botas da Xuxa. Okay... entendi que o clima mudou. Inverno estava chegando e tal... Mas, gente... bota da Xuxa, não. Please.


O cabelo da Sanem passa por várias fases ao longo da novela. Liso, anelado, preso, meio-preso, zoneado, passado na chapa 49 mil vezes, natural, estilo Gisele Bundchen, sou sexy sem querer... Uau.

Mas vou dizer algo que me encantou. As makes. As cores dos batons. Putz grila. Cores fantásticas, que combinam com o visual, a roupa ou o astral da personagem naquele momento. Achei isso sensacional.

Clap clap para a equipe de maquiadores.

Sim, sim. Sentado na escada. Kinenki os reles mortais.


Gente... só o que posso dizer mais é que vou fazer uma Livegação para mostrar os gestos mais hilários que descobri na novela e compartilhar com vocês. Além de algumas das palavras que descolei. Porque sou dessas, claro. 

Aqui vão algumas palavrinhas que vocês escutam muuuuuuito na novela. Vejam como sou legal... estou compartilhando minhas aulas de turco com vocês...

Günaydin = Bom dia = gu- nai- dén

Iyi geceler = Boa noite = Iiii gue - dje- lér

Afiyet olsun = Bom apetite = afié- tol- sun

Yakında görüşürüz = Até logo =   Ia - guin-da Gouru - shu-ruz

Arkadaşlar = Amigos = Ar- Ka- da - shi -lar ( pense que eles vão falar " As kardashians")

Aşkim = Meu amor = Ash- Kim

Iyi Iş = Bom trabalho = Iii ixi

Çok = Muito = tchok

Çok Iyi = Muito bom = tchok Iii

Tamam = Tudo bem = Tá - mao ( parece com o nosso tá bão)

Bu doğru = É verdade = Bu - dôro

Aşik = Apaixonado = Ashik ( a xíc...a raca... hahahhaha)

Bayan = Senhora; senhorita

Anne = mãe = an- ne

Baba = pai

Öpücük = beijo = opiu-jdiuk

Harika = Maravilhoso; ótimo = rá-ri-ká

Süper = super ( tipo, massa... hahahah)

Kahve = café = car- vé

Kardeş = irmã = kar- desh ( lembra das Kardashians de novo)

Merhaba = Olá = mer- rabá


Cara.... ainda não estabeleci muitos conceitos para entender, mas estou tentando, porque sou meio psicótica com idiomas. E se tem uma coisa que eu adoro, é aprender. E adoro aprender através de músicas. E me surpreendi ao constatar que eles têm uns pop music muito maneiros. Tem um, inclusive, que começa com aquela buzina da Anitta e juro que quando escutei, cantei mentalmente: "prepara, que agora, é hora...do show das poderosas"...

Hahahhahahaha.

Objetivo: aprender a cantar a música da abertura. Queeeee... depois de uma elucubração muito interessante da minha sister friend, Andrea, ( que consegui induzir ao vício), acabou mostrando certa semelhança, quando a canção toca lentamente, como se fosse uma lullaby, uma canção de ninar, com uma leve semelhança à intro do tema da Bela e a Fera. E pensem... Can e Sanem poderiam bem ser como os dois personagens épicos.



Casalzinho: Can Divit e Sanem Aydin




A química entre os dois atores é INEGÁVEL. E isso faz o quê? Com que todo mundo shippe os dois. Tipo, fora dos bastidores. Longe dos olhos. Lá... no silêncio de suas 'evler' ( casas). 

Em uma entrevista, o Can ( o nome dele é o mesmo do personagem, isso me confunde... hahah), disse que quando foi convidado para fazer o papel, ele quis saber quem seria o par romântico dele. Quando soube que era a Demet, ele aceitou de pronto. Disse que a mãe dele adorava a atriz, o pai, a família, o cachorro, o papagaio, o periquito...

E vou dizer... quando você realmente vê uma química assim, tanto dentro do set, quanto fora, arde em nossos corações o desejo que esses dois encontrem o amoooooooor nos braços um do outro. Isso é um fato. Nada mais é do que nosso lado romântico aflorado, esperando que a fantasia vire realidade.

A gente nem se pergunta se eles têm outro relacionamento. A gente shippa logo e fala: estão namorando na vida real. Os dois podem negar horrores, mas nosso coração é teimoso kinen o CeyCey... damos aquela olhadinha perspicaz e pensamos: aaaaahn... estão querendo nos enganar, né?

Uma coisa eu posso dizer, na certeza. O Can Yaman gosta de morenas. Isso é fato. Tanto que a fofoca que está eclodindo nas redes sociais essa semana é se ele está com uma 'namorada' bonitona (morena), típica magra com cara de modelo. Nosso coração maldoso e rancoroso já diz logo: Nheeeem... é bonita... mas nem é lá essas coisas... sou mais a Sanem. 

Nós fantasiamos o CASAL. CAN E SANEM. E é aí que nos perdemos, muitas vezes. E que muitas vezes os atores enlouquecem. Os fãs passam a vê-los somente como aqueles respectivos personagens. 

Vou dizer... vai ser um pouco árduo o Can ( o ator), conseguir se livrar da aura do Can ( o personagem). Ele foi "construído" para aquilo. 
Até a cor do cabelo foi alterada. O ator tem cabelos escuros. Tudo ali foi clareado para dar aquele tom queimado de sol, para mostrar um personagem que vive a vida ao ar livre, na natureza selvagem, em contato com o sol, vento e mar. O corpo foi trabalhado e malhado para ganhar a massa necessária. Os gestos foram trabalhados para que ele sintetizasse aquele HOMEM. Com aquela aura. As roupas, apetrechos, braceletes... botas. Tudo o que ele usa sáo componentes que construíram a imagem: Aventureiro, Conquistador, milionário, lindo, gostoso. 

Basta você ver a atuação dele na outra novela, Dolunay. É quase que irreconhecível. 

E vou dizer... vai ser meio difícil para o cara se despedir da figura montada pela mídia para CAN DIVIT, o gato de Erkenci Kuş. Pensem na hora que esse homem quiser se despedir da barba cerrada ( seja por enjoar, ou por um novo papel mesmo). Pensem na hora que ele tiver que cortar as madeixas.

Uma imagem inteira vai se desintegrar. Isso é tenso. Eu falo isso porque enquanto estava pesquisando, vi que o nível de psicose com o cara é meio surreal. Ele tem mais perfis "avulsos" dele mesmo no Instagram, do que muitos atores de Hollywood. Isso é muito doido, gente.

Nossa torcida foi forte para que Edward e Bella se pegassem, opa, Robert Pattinson e Kristen chata. A torcida foi forte para que Jamie Dornan estivesse traçando a Dakota ( eu não estava nessa Kota... hahahahahah. Nunca shippei... nunca shipparei).

Somos tendenciosas a shippar os casais dos sonhos.

E esse realmente sintetizou um casal romântico dos mais fofos. Talvez eu tenha gostado tanto porque exala a essência de tudo aquilo que gosto de ler nos livros.

E vou avisando:

Feminazys passem meio longe, okay? Os caras são turcos. TURCOS. Existe uma dominância latente ali dentro, meu povo.
Eles falam alto, parecem estar brigando o tempo todo, são ciumentos e possessivos. Eles não admitem que outros olhem. Isso é cultural mesmo. Veja o lance das roupas onde as mulheres têm que se esconder, e vocês entenderão.

Porém as novelas tendem a querer ganhar o lado ocidental do mundo. E explorarão isso, mas a raíz está ali. A saia pode estar curta na mocinha, mas se outro macho chegar perto, eles puxam pela mão e levam pra longe.

Eu não assisti outra novela ( ainda). Acho que cheguei a assistir um capítulo daquela que passou no Brasil e fez o maior sucesso ( esqueci o nome e estou com preguiça de pesquisar, depois de digitar quase um livro pra vocês...). Mas como não bati o fling com o mocinho, acabei abandonando. Não shippei.

Mas dê apenas uma pesquisada no cast de atores turcos e nos casais das novelas. Você vai ficar de queixo caído. Esqueça o estereótipo. Ele não existe. Lembra que nas novelas mexicanas existem galãs e atrizes fabulosas, que fogem totalmente à regra do que todo mundo pensa de um "chicano"? O mesmo acontece Turquia.
E percebi que o mesmo se dá no Brasil também. A galera julga o nosso país achando que vai encontrar macacos na rua comendo bananas, índios andando com suas flechas, e mulatas do carnaval atravessando a rua para comprar o pão, sambando em suas fantasias.

E mano... nós temos GISELE. GISELE BÜNDCHEN. E tantas outras. Assim como atores e modelos fabulindos.

Daí percebi que muitas vezes nossos olhos são ocluídos para julgar as coisas antes de realmente vê-las.

E foi isso o que me aconteceu. Uma nova luz se abriu.

Senti até mesmo vontade de conhecer Istambul, comer um babado árabe... voltar às aulas de dança do ventre ( já tive meu lado dama do oriente aflorado quando ela bem mais nova... deve ter sido influência do tanto de pessoas que me perguntavam se eu era descendente de árabes...)... Hahahahahha...

Só digo uma coisa:


NUNCA JULGUE UMA COISA ANTES DE REALMENTE VER.


Köklerimi keşfettim. Türkiye'de ayağım olmalı


Öpücükler (Beijos)!!!