As coincidências dos mundos de fantasia...

 


Vamos lá! Hoje foi um dia quase inédito na minha vida, quando decidi maratonar uma série televisiva. Maratonar livros é moleza, mas me colocar quieta na frente da TV para assistir inúmeros episódios na sequência é um feito raro.

Vencida pela curiosidade de assistir Sombra e Ossos, a nova série da Netflix, adaptada dos romances da Leigh Bardugo, encostei o computador (mesmo sabendo que tenho um livro para terminar...), larguei o Kindle (mesmo louca para saber o que vai acontecer no próximo capítulo), e me enfiei sozinha no meu quarto para ter um momento a sós com um universo de fantasia...

E, como não poderia deixar de ser, eu não sou uma pessoa que resenha de um jeito normal... então vamos às Divagações onde vou apontar algumas similaridades que encontrei nos romances da Bardugo com uma série de fantasia de outra autora superbombada também... E, sim, estou falando da Sarah J. Mass com sua Saga Trono de Vidro.

Estou aproveitando que a história está fresquinha na cabeça (já que li os 200 livros da série Trono em uma semana), e talvez seja por isso que consegui encontrar pontos que me lembraram demais outro universo.

Contém Spoiler da Série, então... quem avisa, amigo é.

Bom, a gente cai de cabeça no Universo dos Grisha... Pelo que entendi, a primeira temporada da Netflix já introduz personagens que são de uma duologia crossover, do mesmo universo referido.

Sombra e Ossos, Sol e Tormenta, Ruína e Ascenção compõem uma trilogia que traz a história de Alina Starkov e outros personagens impactantes como o Darkling e o chatinho do Maly (ou Mal... whatever... Foi mal, Mal... mas não fui com a tua cara...). Em seguida na ordem de leitura, vem a duologia Six of Crows (Sangue e Mentiras) e Crooked Kingdom (Vingança e Redenção), todos publicados pela Gutemberg, no Brasil.

Enfim, a primeira temporada vira um caldeirão com os personagens, num crossover louco, mas que faz todo o sentido... Ainda rola um acréscimo aí de outra duologia: King of Scar e Rule of Wolves.

Levanta a mão aí quem encontrou uma certa semelhança entre Alina e Aelin? Ambos os nomes com diversos significados em outros idiomas, mas que remetem à mesma raiz semântica: luz, brilhante, radiante... Algo do tipo.

Duas órfãs – uma, cujos pais foram mortos por um conluio do mal, outra, cujos pais morreram por causa de uma guerra orquestrada pelo... Maligno.

Ambas as personagens detentoras de um poder surpreendente e que pode salvar o mundo, acabar com a guerra... Whatever. Uau. Tipo... Go, girl... Aelin, de Trono, precisava salvar o mundo dos Valg. Alina precisava acabar com a Dobra que separava duas nações, cuja travessia era incerta por conta dos Volcras que rondavam por ali e gostavam de comer os tripulantes... Tudo imerso em sombras.

Se vocês pararem para ver, Volcra, Valg... são tudo farinha do mesmo saco sombrio e sinistro, cuja intenção é dominar o mundo e subjugar a ralé (‘noises’, os humanos...).

Como essas sombras podem ser derrotadas? Com um poder iluminado e radiante, fogo chamuscante e luz do sol espocante na cara dos infelizes. Aelin era descendente direta de Mala, a deusa do Sol. Alina detém o poder como Conjuradora do... Sol. Uau...

Coincidência das coincidências, eis que existe um elemento místico poderoso em ambas as sagas: Um Cervo magnífico e exuberante que aparece em sonhos e tchururu. E quando eles posam para a foto, rola um brilho louco e um símbolo misterioso surge do nada.

É claro que nos livros da Mass, o cervo apareceu mais vezes e, tadinho, não precisou morrer para rolar uma incrementada nos poderes da heroína. Inclusive, a cena em que a Aelin chega na guerra (atrasada, diga-se de passagem... Mas vou falar disso em outra Divagação), montada no galhado, é bem épica.

Em Sombra e Ossos, o infeliz teve que morrer e ainda teve os ossos implantados pelo Darkling nas clavículas da Alina (tadinha... ficou horripilante e com as pontas pra cima... tenso... não vai ter roupa que resista àquilo... Fora que deve ser bem desconfortável para dormir, né?).

Okay... na série da Bardugo, eles precisam encontrar amplificadores de poder para conseguirem destruir a Dobra. Na Saga da Sarah J. Maas, o lance tinha a ver com as três Chaves de Wyrd que precisavam ser forjadas num Fecho louco para fechar um portal e tchuru.

Outra coincidência... Mocinha novinha, franguinha, mal saída das fraldas que precisa aprender a controlar seus poderes e aceitar sua verdadeira identidade. Ah, e não vamos nos esquecer que ambas curtem uma paixão de infância, sofreram o pão que o diabo amassou, acabam chamando a atenção de um ser gostoso e milenar (tô falando do Rowan, delícia, e do Darkling, que calha de ser o vilão, mas ficou charmoso pacas com a interpretação do Ben Barnes, meu eterno Príncipe Caspian, de Nárnia).

As duas têm cicatrizes nas palmas das mãos, com um signficado especial... Ow... vou mostrar a minha também...

Ah, esqueci... nas duas séries existem uns monstros feios pra carái e que são capazes de dar pesadelos até aos mais corajosos dos mortais.

Outro ponto: Casais shippados maravilhosos. Bom, eu não shippei o tal Mal. Assumo que shippei a garota com o Darkling... E, ula-lá... a mina ainda teve um outro interesse amoroso na trama nos livros: Nikolay... Céus... essas meninas estão tomando o quê?

Não vamos nos esquecer que até a Aelin, ou Celaena Sardothien em seus tempos no crime, trocou umas bitocas com o Sam (R.I.P), o Dorian (Nooossa...), deu para o Chaol (tenho um ranço eterno por ele), até encontrar seu Carranam maravilhoso e espetacular na forma de um feérico puro e milenar, Rowan Whitethorn (Coiso mais lindo do mundo...).

No universo Grisha ainda rola o shippe do Kaz com a Inej e Nina e Mathias (tenho que confessar que garrei o maior crush no ator que deu vida a ele...).

Aaah... já ia me esquecendo... Lysandra, de Trono, tem um quê de Inej. Por quê? Porque ambas são cativas de dívidas com cafetinas escrotas e que fizeram questão de tatuar o pulso das personagens, marcando-as como mercadorias. Tenso. Fora que atuam como espiãs perfeitas e sabem lutar super bem.

Por último, mas não menos importante... Chaol (Trono) e Mal (Sombra e Ossos) têm mais em comum do que podemos achar a princípio. Os dois (o primeiro um pouco mais) olharam meio torto para os dons de suas respectivas ‘amigas’, desconfiados do poder letal que elas poderiam oferecer ao mundo.

Que mais, gente?

O primeiro livro de Trono de Vidro, foi lançado nos States em agosto de 2012, e aqui, no Brasil, em 2013. Mas não nos esqueçamos que Trono de Vidro foi escrito, inicialmente, em uma plataforma chamada FictionPress, em 2003, quando Sarah tinha apenas 16 anos (haja criatividade...).

Já Sombra e Ossos foi publicado nos States em meados de junho de 2012, e aqui, no Brasil, também em 2013.

O que é nítido é que as duas autoras escreveram suas histórias com uma forte influência de um universo fantástico em comum: Senhor dos Anéis. E isso fica muito mais claro na saga da Mass, do que na da Bardugo, com aquela guerra interminável que se estendeu por 8 livros.

A diferença aqui vai na escolha da personagem que serviu de inspiração. Mass escreveu uma história ‘baseada’ em uma Cinderela empoderada que nada mais era do a maior assassina do mundo.

Bardugo se baseou no universo de Anna Karenina, com um toque de magia impressionante, em um mundo com óbvias inspirações russas.

Gente... não vou falar mais coisa, porque senão posso sofrer ameaças brutais, mas eu poderia escrever mais três páginas facinho aqui... só comentando sobre os Feéricos de Terrasen, ou os Grishas de Ravka.

O que importa é que o mundo de fantasia é maravilhoso e te dá permissão para criar cenários e histórias inesquecíveis, com plots mais sinistros ainda e um monte de mortes espalhadas pelas páginas de cada livro.

Além do mais, nós acabamos rendidas por personagens marcantes e únicos, que se tornam eternos na nossa memória.

O maniqueísmo rola solto, porque um bom livro tem que ter o bem contra o mal, pra causar tumulto... E, é óbvio, que o bem vence o mal, espanta o temporal (quem é da minha época vai se lembrar de onde é esse lema e quem cantava o tempo todo...).

Ah, minha divagação se baseia na série da Netflix, okay? Não li os três livros da Bardugo, e até agora estou sem saber com quem a mocinha fica no final... Queria muito uma redenção do Darkling... Só dizendo...

 

Bjuuu

 

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