50 Toneladas de besteira

Lá vou eu.

Embora eu tenha me deleitado com as merdas que escrevi anos atrás, pra meados de 2011... acabei me rendendo à ânsia de relatar minha experiência extra-corpórea no cinema ao assistir a franquia de 50 Tons de Cinza. 
Da primeira vez, ou melhor, no primeiro filme, tive o prazer medonho de ir acompanhada do meu digníssimo marido, em uma tarde ensolarada, depois de toda a febre esculachada sobre o babado e as contagens regressivas nas redes sociais. Lembro-me como se fosse ontem, porque assistimos exatamente no dia do aniversário dele, em março.
E lá estávamos nós, comendo a pipoca e degustando do refri, quando começa todo o enredo cinematográfico. Lá vem Jamie Dornan desfilando aquele jeito Grey de ser ( eu, particularmente achei que calhou bem ao papel.. ficou bem Grey... denso... meio seco... ), liiiindo, com ternos de grife, um carro mega luxus e ... não pude dar nem um suspirinho sequer porque meu marido estava ao lado, então pra quê eu precisaria suspirar, não é mesmo? Além do mais, ele estava meio que usando cinto, então fiquei um pouco temerosa. Heheheh...
E eis que surge em toda a sua... bleeeeeh... songuice, Dakota Johnson, no papel da tapada Anastácia. Céus. Minha mocreia interior chamou a cadela interior pra bater um papo e as duas chegaram à conclusão que não... definitivamente não estávamos felizes com a escolha do elenco. Eu não vou com a cara ou com os peitos, ou a bunda, da Dakota. Pronto. Falei. Me julguem.
Isso sou eu relembrando, certo? Filme vai, filme vem, cada coisa que rolava eu tinha que ouvir a pérola sagrada do meu marido ao lado dizendo : "que boooosta". "que porra é essa?" "quem faz isso?"
Okay. Relevei, porque meus olhos estavam concentrados no roteiro adaptado, pra ver se seguiria à risca o livro. 
Quando chegou à parte em que Grey começou a mostrar seu potencial dominante, meu digníssimo falava: "Mano... pra quê isso? ele tá rebaixando a mulher, acabando com a autoestima dela? por quê?"
Não estendi o assunto e me delonguei pra explicar a filosofia de vida do BDSM e nem mesmo os traumas do Grey. Deixei o filme correr.
Eis que chega a cena derradeira. A surra de cinto. 
Olho para o meu marido e ele está estupefato e pasmo. Fui redundante mesmo pra dar ênfase.
"Maaaaano, por quê esse cara fez isso, véi? Qual o propósito?" 
Tipo... maridis ficou passado.
Saímos do cine, a vida voltou ao normal.
Lá pra onze e tanto da noite, deitados confortavelmente em nossa cama super king ( desculpa, fiz questão de falar do tamanho enoooorme da minha cama luxuosa... não tenho um apê estilo Grey, mas tenho uma cama fodástica...), quando meu marido, pensativo, larga o celular e diz:
"maaaaano... tô passado até agora com as cintadas que aquele cara deu na guria lá. Pra quê? Cara... tô chocado."
E assim encerro meu relato de 50 Tons. Filme 1. Eu caio na risada até hoje quando me lembro desse dia. Foi inesquecível.

Daí, eis que a espera se acaba e anos depois chega o filme 2. Yaaaaay. Depois de toda a contagem regressiva toda de novo nas redes sociais por exaustivos meses, por fim, o dia chega.
Claro que não me atrevi a ir com a turma do corujão, a turma da meia-noite, ou quando eu chegasse em casa, quem iria para o quarto da dor seria eu. Certeza. Hahahahah... Detalhe importante a ser dito : essa aventura mega louca de ir assistir um filme à meia-noite só fiz com Amanhecer, de Crepúsculo. Hehehehhe...
Então, muito sorrateiramente, deixei os filhos na escola, na maior inocência da paróquia, atendi minha paciente, com aquela minha cara de profissional sem igual, e logo em seguida, zarpei para o shopping. Como se estivesse em uma missão.
Claro que para quem visse de fora, eu não passava de uma mãe indo às compras, indo pagar uma conta aqui, vitrinar ali... whatever...
Mas não... cheguei ao guichê de auto-atendimento ( porque não sou besta e não queria deixar provas incriminatórias e chegar ao caixa e falar : um ingresso para 50 Tons mais escuros na sessão das 14:40, por favor. Rápido que tô atrasada.). Enfim, comprei na surdina, catei a pipoca e entrei. Escolhi a última fileira do local. E pena que aquela poooooha tava cheia. E ao meu lado tinha um casal XY muito infeliz com minha presença também. Acho que eles esperavam que o escurinho pudesse lhes dar ideias. Eu acabei brecando a fantasia. 

Enfim... antes do filme chegar na primeira cena de sexo ardente eu já tinha comido a pipoca toda. Tensão. Hahahahaha...
Por favor... não me entendam mal... eu sou uma pessoa normalmente constrangida de assistir cenas de sexo acompanhada. Achei que assistir solitariamente seria menos embaraçoso, mas pasmem... acho que fiquei com 50 Tons de rosa no rosto ( nossa... 50 Tons de Rosa me lembrou de uma paródia que escrevi anos atrás... )...
Os gemidos meio Sharapova de Anastácia Steele continuaram me irritando. A primeira aparição da bunda branca da moça, definitivamente, marcou o fim derradeiro de sua carreira em minha caderneta. Realmente, realmente eu não gosto da Dakota. Desculpa, gente. Foi mal. Não rola uma química entre nós duas. hahahaha...

Enfim... peitinhos caidinhos pra cá, eis que apalpei os meus e percebi que mesmo tendo amamentado dois rebentos, acredito piamente que os meus são mais erguidos pra lua do que o da moça em questão, mas Hey... quem está contando? certo? só uma louca divagante que fica olhando esses detalhes pra poder falar mal. Hehehhehe... tipo... EU.
Mano... eu não gosto do cabelo da Dakota, dos dentes da Dakota, do sorriso da Dakota. Até o batom me irritou. Só teve uma paleta de cor lá que curti, acho que deve ser uma tonalidade bacana da M.A.C. Fora isso? Teve um batom vermelho lá que pelamordedeus... eu senti vontade de descer a mão na cara da maquiadora. Sérião.

Pra não dizer que não odiei tudo, apenas algumas cenas dela me fizeram liberar um sorriso singelo, talvez com a expressão que ela tenha usado e que caiu bem na piadinha da cena. 
Fora isso? Bleeee.
Catei um erro crasso monumental. Lá estava a cena que a bicha está se aprontando para o baile. Eis que ela coloca uma lingerie sexy, com cintas-liga, espartilho e todas aquelas rendas e tchururus. Grey chega e pluft... instala las bolitas salientes  dentro da garagem secreta da moça. 
Os dois vão ao Baile. 
Rola um momento quente e tadaaaaaam! Grey tira o vestido da lady e tadaaaaaaaam! Cadê a lingerie que tava ali? O gato comeu!!!! 
Primeiro erro mortal: qualquer mulher que se preze sabe que nunca, nuuuunca, daria pra usar renda e sutiã ou cinta-liga com costuras evidentes em um vestido de cetim que é mais colado que preservativo no biláu. Todo mundo sabe que marcaria tudo. Até as profundezas de todos os vales secretos. Cara, vestido de cetim marca até os pentelhos, se brincar.  Por isso, quando vamos a uma festa chiquetosa e optamos por usar um vestido de cetim o que usamos por baixo, sem que o resto da população saiba? CINTA MODELADORA. Porra. Claro. Tipo, Doctor Rey. Pra deixar o shape perfeito e no formato ampulheta e não marcar as reentrâncias ou o braile que algumas estrias e celulites atrevidas poderiam querer enfatizar.

Segundo erro mortal: não me lembro o que era, mas que devia haver um segundo erro mortal, devia. Hahahahahah... é que divaguei tanto no primeiro que me esqueci totalmente desse. Ah, lembrei. Cetim e umidade não combinam. Okay? E Ias bolitas selvagens muito provavelmente produziram alguma quantidade de fluidos corporais em nossa amada criatura... então... não. Para tudo. Depois de todo o esbrubles que rolou no quarto de solteiro do Grey, com os fluidos dele somados, era pra ter uma marca evidente da safadeza que aqueles dois estavam praticando.

Mas enfim. Estes foram meus olhos que tudo veem e divagam.
A bunda de Jamie apareceu bastante. Malhou bem os bíceps, abdominais na medida. Tava no grau. Juro que nem olhei muito.
Só a cena do chuveiro me valeu pacas, mas pode ser que eu nem tenha apreciado com gosto porque naquele exato momento eu tinha tomado todos os 700 ml do refrigerante e eles teimavam em querer sair, já que minha bexiga tem uma capacidade relativa de apenas 600 ml. E o que aconteceu? aquele monte de água caindo daquele chuveiro me deu uma baita vontade de fazer xixi, mas aguentei firme, mandei ver na ginástica de Kegel e nos músculos do assoalho pélvico, ordenando esses filhos da puta a manterem a contração pra não deixar que nada saísse dali. Até a cena final do filme. Que tinha que terminar com os dois indo para um ambiente que tinha o quê? água. Poooooooorraaaaaaa.... Foi um tormento. Mas consegui chegar e vencer o desespero e ainda assistir as cenas pós-créditos. 
Cheguei ao banheiro praticamente fazendo a dança irlandesa, mas tudo bem. Eu estava sozinha mesmo, de óculos escuros pra ninguém me reconhecer. Hahahahahha...

E é isso. Minhas considerações. 
Espera. Não dei. Darei.
 Nessas horas é que dou graças que minha carreira em Hollywood não deu certo, daí consequentemente, nunca cruzei os caminhos com um Jamie Dornan da vida, que acabou topando uma franquia milionária para protagonizar cenas de um pornô romantizado, que deve ter passado horas e horas num estúdio, em trajes sumários com uma atriz em trajes mínimos, encostando aquilo e tudo mais nas partes pudendas um do outro, trocando beijos e impressões de que são um casal quente pra caralho. Entenderam? Minha consideração vai pra mulher do Jamie que pra mim é uma guerreira, porque se fosse eu, estaria à base de medicamentos e drogas pesadas. E terapia. Individual. De casal. Grupal. 
Uma vaia grande pra Dakota, que aparece em todas as premiéres do filme com vestidos minimalistas que mostram mais do que escondem, com os boobs quase pulando pra fora a qualquer momento. Aloooooou??? Kirida! Já vimos teus peitos por quase duas horas de filme, então pra quê mostrar ao mundo novamente? Se liberte, gata. Cubra um pouco aí desse bagulho. E para... que tá feio. Tá meio caidinho. Ou então os decotes dos vestidos não estão valorizando o colo, flor. ( Esse foi minha cadela interior fazendo um high-five com a mocreia interior).
Um parabéns para o Jamie que mostrou que... well... mostrou que muito provavelmente pode ter adquirido algum apreço por algumas particularidades de cenas no filme e talvez tenha ensaiado com a esposa em casa. Ou assim esperamos, certo, Jamie? hahahahahhaha... Cá fico eu pensando se Charlie Hunnam imagina que escapou dessa cilada mortal... e do quartinho da dor.

Bjuuuu

50 Toneladas de beijos pra vcs, psicóticas loucas, que como eu, se divertem a qualquer momento, independente das opiniões contrárias.

Pra quem ama ou odeia 50 Tons, o que digo é que cada um é cada um e pronto, né?


Quem quiser matar saudade das divagações de anos atrás, abrindo o coração para não quererem me espancar...

50 Tons de Semelhança
50 Tons de Spoiler

6 comentários:

  1. Pqp como gargalhei lendo isso!!! Adorei!!!! Bom humor é tudooooo....
    Minha vadia interior fez um highfive com sua mocreia interior pq tb não gostamos a Dakota. É dor de cotovelo eu sei... mas Não há nada que faça pensar de forma diferente!!!

    ResponderExcluir
  2. Morri de rir. Vou ver o filme prestando mais atenção que o habitual. kkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  3. haHAHAHAHAHAHAHAHA rindo alto aqui Martinha tu es Hilária

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  5. Hilário!!!! Deu até vontade de ver o tal dito cujo filme...rsrsrssr... Amo suas divagações!

    ResponderExcluir
  6. Você continua mara!
    Amo suas divagações kkkk
    Beijos 😘 😘 😘

    ResponderExcluir