Divagações de Martinha

 

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Femme-Mista

Abafem o caso. Essa semana saiu uma reportagem na revista veja, devidamente encaminhada para moi por nossa nave mãe, Lilith, para que eu fizesse uma análise minuciosa sobre toda a polêmica.

E eu sou uma pessoa muito centrada, não falo besteiras e nem uso gírias infames para divagar em meus "testículos"...heheheh...e também não uso exageradamente os pontinhos de fila indiana chamados de reticências...e papai Noel existe, assim como o coelhinho da Páscoa. Logo, estarei fazendo o meu melhor para divagar para "vancês" sobre o causo.

Já fomos acusadas injustamente de ser loucas e reprimidas. Já fomos acusadas de ser sonhadoras, flores de estufa, imbecis e alienadas. Tudo porque gostamos de nos deleitar com nossos livrinhos delicinha. Tudo porque gostamos de ler linhas pontilhadas e coloridas de muito amor e romance. Além de outras cositas mas...

E dentre nossos gostos literários se encontra um universo vasto e cheio de muita coisa fora do padrão considerado "normal". Tá. E daí? Eu curto uns romances sobrenaturais? Então qual é a novidade a Stephenie Meyer ter bombado com o Edward Cullen e seu vampiro adolescente? Eu curto romances florzinhas e bem açucarados, daqueles que você tem que cuidar do seu nível de glicose durante toda a leitura. E curto romances com temáticas amplas que podem me levar a todo tipo de experiência literária. E é nesse quesito que classifico que somos femmes mistas, um trocadilho com feministas...porque agora as feministas estão em polvorosa porque descobriram que existe um filão que aprecia certos temas.

Oi? Alouuuu...queridosssss ( da crítica ) vocês estão um pouco desantenados nas paradas. A polvorosa toda está acontecendo porque a E.L James está nas listas de mais vendidos. E não seria bastante estranho o fato de que a temática dos livros dela são um tanto quanto estranhas ao gosto da sociedade. A fatia comum da sociedade, claro. O livro 50 Tons de cinza traz um tema super novo e atual para nós leitoras...o mundo BDSM. Oi? Mundo novo? Como assim? Estão pensando que a gente é mané? Alouuuuu...quem leu Irmandade dos Adagas Negras conhece bem a história do V e sabe muito bem que o camarada, que é um VAMPIRO, curte pacas esse lance BDSM. Logo, estamos super em alta e somos muito avançadas. O assunto não é novo. Cherise Sinclair e umas tantas outras escrevem romances voltados para o mundo do chicote. Maya Banks curte de montão colocar a galera nas algemas. E um montão de outras autoras já usou e abusou do tema sadomasô, logo, nós...leitoras compulsivas e psicóticas, de gostos ecléticos e variados não somos alienadas. Somos muito ligadas nas tendências que estão rolando. Quem está desantenado é quem não frequenta o mundinho dos blogs.

Certo. O autor do tal artigo, não obstante ser homem, classificou o livro da E. L. James como pornô para mamães...hein? agora eu vou rir um pouco...porque mal sabe ele que a faixa de idade de leitoras desse filão se estende desde as teenagers até as mais velhas...cara...eu tô muito chocada como o povo ainda é retrógrado e pensa quadrado geral. E daí que o livro da "mulé" seja baseado no meio das amarras dos chicotes e algemas, e num lance de dominação e submissão? Tudo bem que é de minha opinião que já que a história do livro se passa em meio a sexo selvagem e cheio de prazer-dor, palmadas daqui e de lá, regado de momentos ultra abusivos, deveria se chamar 50 Tons de Roxo, ao invés de Cinza. Hahahahah....tá, eu sei...a piada foi infame, mas foi bem inteligente, né não?

Amigos...este aviso vai para vocês, que não conhecem a amplitude de nossas mentes literárias: lemos romances cheios de amor, intrigas, ciúmes e finais felizes. Permeados com universos paralelos de vampiros, lobisomens, aliens sarados, senhores do subsolo, lagartos e afins. Lemos livros com sexo selvagem, triplo, duplo, múltiplo...ménage a trois ficou pra trás. Três tá pouco para algumas autoras. Lemos livros de amarras e palmadas no traseiro, velas e clips dolorosos. Lemos livros muito bem descritos graficamente sobre o sexo selvagem, colorido, florzinha, meigo e sutil. Lemos livros com homens mega dominantes e possessivos, cheios de testosterona e músculos saltando. E cheios de amor pra dar.

Enfim, nós lemos livros. Entramos no mundo que determinada autora propõe e nos permitimos uma viagem durante aquelas páginas. E nem por isso somos menos mulheres de respeito ou valor. Eu sou uma fêmea de valor. Já diria algum macho da Irmandade dos Adagas Negras em suas calças de couro. Eu sou muito feminina e curto muito minha classe. Sou mulher, organizada, mãe, trabalhadora, estudante, médica, dentista, psicóloga, vendedora e secretária, cárpata, vamp, e sub. Sou milhares em uma só. Eu sou da geração de mulheres que trabalha, que batalha pela independência social e emocional. Sou da equipe de mulheres que sabe que a felicidade depende apenas de nós mesmas e não de um homem.

Mas nem por isso não gostamos de ler livros que retratem puramente a essência do macho alfa. Do homem dominador, do homem possessivo e rude que toma o que quer. Do ogro poderoso que sabe ser sutil em determinados momentos. As feministas que me perdoem, mas implicar com a autora só porque ela retrata um universo onde o macho é o ser dominante é demais. Amigas, já queimamos os soutiens, já liquidamos a escravidão do tanque e do fogão. Viva o microondas e as comidas congeladas!! Iuhuuu! Hoje podemos ser o que quisermos, mas não exagerem a dose ao detonar as autoras que escrevem sobre o macho alfa, e nem as leitoras que gostam de ler sobre o dito cujo.

Estamos dentro de um universo imaginário. A mente da autora cria e retrata aquilo que ela gostaria de ver. Aquilo que ela gostaria que fosse real, se possível. Não seria maravilhoso um macho alfa rude e selvagem que adoece de amor pela mocinha? Não seria bacana um safado sem vergonha libertino dos infernos encarar a redenção nos braços de uma mulher apenas? Não seria espetacular ler sobre um homem cheio de vícios e perdições se regenerar pelo amor de uma mulher? Então? Já que isso na prática é bem diferente do que no imaginário, caiamos na alucinação coletiva de que aquela história ali criada é bacana demais para ser ignorada.

Se pergunte o porque dos livros não retratarem uma dominatrix em sua maioria. Você aprecia especificamente a Xhex, sendo masculinizada e mandando no John Matthew? Qual é a queixa geral? Que ela tem que tratar o John com respeito e saber apreciar o amor que ele lhe dedica.

Agora, porque você curte um homem que te amarra, te domina, te devora e te deseja com uma intensidade vil? Porque você sonha e aspira quando lê um romance quando o homem simplesmente arranca as roupas da mulher e se apodera dela? Porque você gosta de ler um romance onde o mocinho amarra a mocinha e faz com ela obedeça suas ordens mediante a punição de uma chibatada se agir em contrário ? Putz. Porque isso é um livro. Porque é fora da realidade que vivemos normalmente. Porque é ficção. Porque é ilusório. E porque te coloca em patamares que muitas terapias não vão conseguir te colocar.

Te coloca no patamar de sonhar e saber diferir o que é realidade e o que não é. Te coloca no direito de escolha de ler ou não. De ter seus gostos visualizados. De conhecer um universo amplo e diversificado sem sair da sua casa.

Ler é cultura. Toda leitura é uma forma de aprendizado. Que seja pra você eliminar o que você poderia gostar ou não. Muitas meninas dizem que seus maridos amam que elas leiam livros eróticos. Sabem porque? Porque às vezes os livros abrem suas mentes e lhes dão ideias mirabolantes para apimentar a relação.

Então, sem essa de dizer que só porque lemos este tipo de literatura somos perdidas e desconectadas com a realidade feminina. Não curtimos uma Lei Maria da "Pêia" só porque lemos livros hots que se passam dentro de câmaras escuras entre algemas e chicotes. Só porque não está dentro do universo do uso comum. Somos únicas. Somos múltiplas. Sempre.

E. L. James tem meu aval na história. Embora eu não tenha lido seu livro ainda. O que importa é que ela simplesmente recriou aquilo que estava em sua mente e permitiu que muitas pessoas conhecessem um mundo desconhecido e a parte de tudo o que estão habituados. E eu tô numa inveja rosada dela porque ela começou a escrever mediante o mesmo incentivo que eu. Depois de ler os livros da Stephenie Meyer.

Bjuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

21 comentários:

  1. Que horror pensarem isso de nós.Eu pessoalmente nunca leria livros de sadomasoquismo,mas leio sobrenaturais e adoro.Agora umas feministas dizerem que só porque nós lemos coisas diferentes do "normal" é ridículo. reclamam se uma mulher gostar de tarefas domesticas,porque assim ela é supostamente submissa,queriam era que lêssemos livros de como viver sem homens.Elas devem então incentivar que lêssemos livros de lésbicas,porque supostamente não existe homens na historia.vou voltar para a minha leitura,tenho um italiano para ler xD

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  2. Achei essa reportagem ridícula, para dizer o mínimo.
    Porque andam pegando no nosso pé??? Porque a leitura feminina nunca foi tão libertária, podemos não curtir menage, ou BDSM, mas lemos sobre o assunto... e com romance o que é melhor.
    Não tenho vergonha de admitir que li meu primeiro romance homoafetivo (adoro este termo), por pura curiosidade de entender como a coisa funcionava e esses livros me ajudaram a enxergar a situação como um todo, derrubando preconceitos.
    Esse povo deveria procurar o que fazer, isso sim.

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  3. Martinha concordo contigo! Livros pra mim são minha terapia, e sem eles eu não saberia 1% do que sei hoje! Aprendi história, geografia, ortografia, concordância, profissões, e muuuuito mais. Muita gente me pergunta quantas faculdades eu fiz, eu respondo: nenhuma, só leio muito! tá certo que tem alguns períodos da história assim como certos países e culturas que me deprimem e me revoltam e hoje em dia eu evito livros com esses temas; guerras civis, áfrica subsariana, psicopatas e por ai vai, mas, formei essa opinião depois de ler vários e chorar horrores, hoje em dia eu evito! Deixem-nos com nossos livros e vão fazer suas críticas encomendadas! Bjim Martinha

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  4. Oi Martinha ...que audácia deste cara julgar sem ao menos saber ou pesquisar pois se tivesse feito o seu trabalho direito não teria dito tanta besteira pois saberia que está historia de BDSM não vem de hoje mas sim de muitos anos atrás mas era de exclusividade das rodinhas de homens que queriam se gabar pra outros homens dizendo que era o MACHÃO da vez, mas como agora mas mulheres que pra eles era o "sexo frágil" "inocentes" até que eles os Machões nos iniciassem no mundo BDSM, mas até o momento devem ter se desiludido penando que eles ainda são os CARAS mas tadinhos, quando chega na hora H e veem que as ditas "sexo Frágil" começam a dar ideias na hora que eles tinham que mostrar porque eles são os CARAS, ficam com medo e tem que atacar de alguma forma, mas tudo isso não passa de medo.
    Pois o que vemos é puro e simples, um mundo de imaginação pois se fosse pra levar o que os livro dizem ao pé da letra eu que não sou boba nem nada,escolheria viver a vida das mulheres dos Irmãos pois queria que pelo menos unzinho daqueles lindos e gostosos Irmãos da Adaga Negra pra mim pois qual mulher não queria ser tratada daquela forma por um macho que faz tudo por vc, que estaria disposto a morrer para proteger suas fêmeas de valor.
    Pois em comparação com o que temos hoje em dia no mundo "real" são homens que preverem jogar PSP, ou um jogo de futebol, ou com os colegas ao estar com suas fêmea que não são de "valor" pois a maiorias das mulheres são tratadas como um nada por eles, quantas mulheres já não foram espancadas ou mortas nesta ultima hora,e não vamos falar das que sofrerão algum tipo de abuso desde o inicio da manhã pois ai sim ele teria muito no que falar e iria dar muito trabalho pra ele já que não gosta muito de pesquisar.
    Mas quem somos nós para falar, pensar ou gostar de ler livrinhos aguá com açúcar ou até mesmo livros pornôs pra mamães, já que temos menos neurônios que eles não é mesmos e que somos burras ao ponto de achar que tudo o que tem no livro é a nossa realidade.
    Mas os livros fazem a gente poder sonhar, viajar ou sair da realidade em que vivemos sem sermos julgadas por ninguém.
    Tem uma frase de Mário Quintana que eu gosto que diz "Livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas"
    Martinhas adorei sua divagação está demais, e a E L James tbm tem o meu aval nesta historia pois já tinha lido a respeito deles, e pra deixar o pessoas mais informado de que a Universal quer a atriz Angelina Joli pra dirigir o filme desta mesmo serie que vai ser rodado o ano mas não tem nada confirmado ainda, estou doida por ler os livros da serie.
    Acho que me prolonguei hahahahaah... fiquei um pouca brava já que me incluo nesta classe de mulher que gosta destes livros tanto os água com açúcar como os mais hots!
    Bjuuuus
    Déia

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  5. como constantemente eu faço, pareeeeeeeeeeei pra ti Martinha! Concordo com sua colocações em peso. Tirando talvez a parte do Jonh, sempre achei que a Xhex tava era muito certa, ela tinha os limites dela, não se deixou intimidar, e ele respeitou issu, e traçou os limites dele. Acho que eh assim que a banda toca. Sempre tiramos lições dos livro que a gente lê. É meio ompossível permanecer apáticas enquanto vc lê sobre um amor que acompanhado de uma dose extra Grande de paixão, supera cada fodida coisa que acontece. E se no meio do rala e rola acontecer uma coisa inusitada, booooom entre ler e experimentar existe um abismo bem grande chamado REALIDADE! Eu não saiu praticando cada posição do Kama Sutra e eu jah li akele troço....pooois eh, detalhes à parte, Eu vivo nos meus livros, e não é nenhum merdinha qualquer que vai me dizer o que eu devo ou não ler...
    XOXO

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  6. Para começo de conversa, quem escreveu a crítica foi um HOMEM. Esses seres não têm ideia do que se passa no universo feminino. Pensam ainda que quando mulheres se reúnem é para discutir somente a cor do esmalte, o que fez para janta no dia anterior.
    Não fazem ideia que discutimos sexo, política, economia, falamos bem dos que merecem e mal dos que merecem mais ainda.
    Muitos estão com medo porque o domínio do FALO está caindo. Hoje o que domina é o CÉREBRO, e isso nós temos também e sabemos usar tão bem quanto eles.
    A concorrência é acirrada no mundo. E muitos tentam ridicularizar as mulheres numa tentativa parca de nos colocar em uma situação intelectualmente inferior.
    E daí que eu leio romances, seja lá sobre qual tema? Leio livros de todos os tipos, desde que o tema me interesse, aguce a minha curiosidade, me divirta e expanda a minha mente. Não importa o tema.
    "porno mamãe"? Por favor Sr. vá fazer o dever de casa direitinho. Faixa etária, classe social, estado civil das mulheres que leem é diversificada. E não é porno, é erótico!!! Será que o Sr. sabe a diferença?

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  7. Acredito que deveriamos enviar essa divagação para a revista que publicou tao ridicula materia...

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  8. Adoro esses temas controversos, kkkk Amei as suas colocações, sinto-me plenamente defendida Martinha, e sinto pena desse homem... Por julgar tão levianamente em nome de uma polemica, que em minha opinião foi calculada, com o objetivo de causar alvoroço... Ele merece o ostracismo... Ele e a mídia que publicou sua matéria...
    Somos maioria na sociedade, formamos opinião, temos peso na hora da definição dos governantes, das compras do que entra em nossos lares, da educação que damos aos nossos filhos... Ai vem um misógino manipulador e mal intencionado em busca de visibilidade insultar-nos ao chamar nossos amados livros de pornô mamãe, é difícil acreditar que não é uma critica feito com a intenção clara de polemizar, pois diante dos meios de comunicação, o acesso a informação quase ilimitado oferecido pela internet, o acesso a educação, todos deviam saber que fantasiar e viver a realidade são absolutamente situações diversas... Sei que estou sendo repetitiva, mas, porém, no entanto, reafirmo: Essa critica foi feita em busca de polemica, pura e simples, do tipo falem mal, mas falem de mim... afff f a que ponto as pessoas descem para terem seus cinco minutinhos de fama...

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  9. Será que o autor desse artigo ainda é do tempo do sexo com furo no lencol? No mínimo apaga a luz!! Se é que faz uso do seu "instrumento". A impressão que me passa, é que ele tem medo dessas "mamães". O coitado (sim, ele é digno de pena) não deve saber o que fazer com mulheres informadas, resolvidas e que sabem exatamente o que querem e não se contentam com menos! Os livros ampliam nossos horizontes, nos fazem querer experimentar coisas novas e diferentes. Não só no sexo, mas de uma maneira geral! E isso deve assustar pessoas de mente limitada!
    A vida é tão curta! Que cada um tenha prazer e seja feliz da forma que goste!
    Beijo!

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  10. A divagação foi 1000...Martinha você falou muito bem,em nome de todas as mulheres que realmente apreciam um bom romance sem tabu...e concordo com a Daniella,essa divagação deveria ser enviada para a revista.
    Beijos!

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  11. Esse moço deve ser daqueles que acham que tem mulher para praticar sexo e outra para casar, com as da rua pode tudo, com a de casa só papai e mamãe. Acho difícil acreditar que ele ou qualquer outro homem nunca sonharam com um menáge ou com um lance BDSM e só não falo no caso das mulheres porque para muitas esse é um universo desconhecido, foram criadas achando que sexo e prazer é feio, que o ideal é sexo e amor, ou pior, só amor, o sexo é só para satisfazer o marido, isso porque nunca caíram no mundo mágico dos romances.
    Beijos

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  12. como diz aqui nos pampas: esse loco tá mais perdido que cusco em procissão! hauahauah
    Fácil criticar quando não se conhece...
    Deixem que pense que somos alienadas. Enquanto isso, dominaremos o mundo! hauahaua
    Martinha, ótima resenha!

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  13. Me senti devidamente defendida! ;)

    Eles dão tanta importância aos nossos livrinhos, né? Subestimam nossa inteligência e senso de realidade. Já comentei antes, e vou repetir aqui: Só porque gostamos de romances (sejam eles eróticos, florzinhas, sobrenaturais, históricos) não quer dizer que desejamos que aquele relacionamento tratado nos livros se reproduza na vida real.
    Nós lemos, nos divertimos, comentamos... e pronto! É um hobby... Igual aquele cara com mais de 30 anos que é louco por HQs, igual aquelas pessoas que são loucas por ficção científica. Alguns curtem suspense, outros épicos... eu curto romances. E isso não faz de mim uma alienada.

    O problema está no preconceito tão profundamente enraizado. E não é só nos homens, não. Já conheci muitas mulheres que torcem a cara para um romance de banca, histórico... Como se um livro pra ser bom tivesse que ser publicado por uma grande editora. Como se só o que Dostoievski escreveu importasse. Mas isso é outra discussão... Um dia conto pra vocês sobre a menina que desprezava IAN e agora... Imaginem!

    Lemos o que gostamos, já nem me importo com o que dizem por aí. Considero um avanço só o fato do livro da E. L. James ser publicado pela Intrínseca, ao invés de ser desprezado como tantos outros já foram. Significa que a mente dos leitores está se enveredando por novos caminhos.

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  14. Amigas, eu acredito que se existe a chic lit, leitura de mulherzinha, criemos entao um termo que se adeque a nos, a porn lit...fica chic, fashion e abrange nossos livros. E se quiserem falar que falem. Mas deveriam classificar e estudar a cartilha bem antes de tecer artigos improprios. Por exemplo, o termo pornô p mamaes estah fora da realidade pq o cara nao deve saber que muitas meninas leem e leem muiiiiito....e muitas mulheres sequer sao maes ainda...entao, generalizar a galera dentro de um quadrante eh foda.
    Outra dica fica p as amigas feministas...oh, kiridas...vao lah se embrenhar num livro apoteotico e cheio de odio e rancor aos homens, mas nos deixem em paz. A gente soh quer se divertir...
    Pq elas nao metem o pau nos autores homens q tem um conceito muito mais distorcido da realidade feminina? Qqr dia desses eu compartilho minhas ideias sobre o q penso da Capitu olhos de ressaca do maravilindo Machado de Assis...hehehehhe...

    Bju a todas.

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  15. Martinha sempre maravilhosa com as palavras !!!! gosto de todos os tipos de romance desde agua com açucar aos megaultrahot,menages,hetero ou homo sou livre escolho o que eu quiser ler e sei muito bem a diferença entre realidade e ficção esse moço que escreveu a matéria com certeza não sabe de nada,para confundir submissão histórica com submissão na cama,ele só quer chamar atenção pôis de outra forma não seria notado .... bjos e viva a liberdade

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  16. Adorei o post e sabias palavras Martinha.
    Eu já tinha lindo uma materia até antiga sobre o livro na revista epoca e tb não entendi o choque e como estavam classificando o livro.Para nos esse mundo não é novidade.E o homem que julga as mulheres por ler livros desse tipo é que não sabe nada, e nem entende os desejos,sonhos e fantasias de uma.
    Bjus

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  17. Uma divagação muito lúcida, Martinha.
    Parabéns!

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  18. Martinha, minha Diva!!!!!adorei a divagação!!!!!! não lí a reportagem , pois deixei de ler essa revistinha tendenciosa a muito tempo!!!! Pra mim essas pessoas são Mal-amadas, mal-comidas e mal-servidas!!!!!!! na intimidade do quarto, em comum acordo, vale tudo, sempre com muito carinho, respeito e amor!!!!!!!!

    Boa semana pra você!!!!!!!!! aiii aqui tá tão quente, preciso de um ventinhoooooo.....


    Bjussss

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    1. Sei bem o ventinho que vc estah querendo...espertinha....essa semana vou liberar o Bertrand de novo tah ? Aguarde...com cenas de novo personagem na parada...
      Pois eh...tu acredita q tb deixei de ler essas revista faz tempo? Na verdade eu deixei de ler revistas...soh leio livros...pra ficar bem " alienadinha". E cheia de ideias...hahahah
      Bjuuuu a todas!

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  19. LEIO TUDO QUE AGUÇA MINHA CURIOSIDADE,SOBRENATURAL,HOT,FLOZINHA JÁ LÍ ATÉ HOMO,NÃO CURTO MUITO PORQUE FICAR IMAGINADO DOS HOMI TDB SE PEGANDO ENQUANTO EU ESTOU CHUPANDO DENDO ME DEIXA DEPRIMIDA,MAS ENFIM TÕ NEM AÍ PRA ESSE POVO, NÓS É QUE SOMOS FELIZES EM NOSSO MUNDO LITERÁRIO.ADOREI A DIVAGAÇÃO, E MOSTRA QUE DE ALIENADA VOCÊ NÃO TEM NADA.

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  20. Aplausos, Laird!!!

    Suas divagações são sempre ótimas, mas esta (que não foi tão divagante assim) expressa o sentimento e opinião de muitas, numa sociedade ainda cheia de preconceitos quanto ao que é "diferente" e onde o feminismo descambou muitas vezes em uma atitude de repúdio ao que é considerado "feminino" - como romantismo, sensibilidade, fantasia, fragilidade.
    Ei! Somos independentes, dona do nossos narizes, nos sustentamos e gerenciamos nossas vidas, nossas carreiras e nossas casas - que mal há em querer um homem de personalidade forte, dominante, que não tenha medo da nossa independência e também não queira que sejamos uma "segunda mãe" para cuidar dele? Que mal há em querer um companheiro atencioso, protetor mesmo, e que saiba nos mimar? ;-)

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