Volta do que não fui

 

Éeeee.....o vício literário me pega de jeito sempre que pode...ou em outras palavras, sempre. Não consigo ficar um dia sequer sem ler ao menos alguns parágrafos de alguma coisa....e como boa viciada que sou, acabo lendo tudo de uma vez porque não consigo imaginar ficar sem o final.

Nessa leva, acabei me deparando com dois romances na semana passada muito interessantes. Existe uma discussão acirrada nos USA sobre a criação de um novo gênero literário chamado NA ( New Adults). Vcs já devem ter ouvido falar do YA ( Young Adults ), que é uma vertente de livros onde os protagonistas tem 18 ou menos que 18 anos e ainda estão em sua etapa escolar. A saga crepúsculo foi o grande boom, mais comumente conhecido, em seguida outros tantos vieram e se tornaram figurinhas carimbadas entre os leitores. E o que é mais interessante é que a faixa etária dos leitores não se prende aos jovenzinhos. Muitos adultos curtem ler esta temática.

Os NA são livros que se baseiam no intervalo da saída do ensino médio, por assim dizer, à entrada na faculdade e as novas descobertas que esta fase traz para a vida do protagonista. Aqui no Brasil não é um hábito muito ferrenho que necessariamente o aluno que vá para a faculdade deixe a casa dos seus pais. Lá nos USA é uma tradição. Existe um romper de limites nesse quesito. Quando o filho atinge a idade de ir para o College, os pais já meio que se preparam para a despedida. É como se fosse um pontapé de incentivo para que seus filhos voem sozinhos e trilhem seus próprios caminhos. Uma das particularidades desta linha de romances é que a maioria são escritos em primeira pessoa. Ou seja, sob o ponto de vista da mocinha em questão. A moda agora também é fazer o romance subsequente sob o ponto de vista do mocinho. O primeiro nessa leva, que nem chegou a ser publicado, mas caiu nas mãos do público, foi o Midnight Sun, com o posto de vista do Edward Cullen. O que eu falei? Saga Crepúsculo na cabeça...

Pois bem...eu costumo dizer que deveríamos estipular o novo termo ASM/DSM ( Antes de Stephenie Meyer / Depois de Stephenie Meyer). Porque muitas autoras se empolgaram e acabaram criando histórias que quando olhadas bem a fundo, se assemelham com o Eddie e a Bella. Antes que me atirem um teclado na cabeça, deixe-me explicar. Todos sabem que alguns livros foram baseados em fan fics da saga vampiresca. Isso é fato. 50 tons de malandragem foi. Malandragem da autora que era fã psicótica da saga e resolveu que queria cenas calientes entre os protagonistas, mas não poderia obter por conta da faixa etária dos mesmos e da formação religiosa de tia Stephie.

Well...veio então Christian lindo Grey e Anachata. Cópia quase que exata dos ditos. A diferença era a vertente abordada. Enquanto no Crepúsculo o mote era o vampirismo, no 50 tons o mote era o BDSM. E, na sequência, Inferno de Gabriel, onde o mote era a docência. Dizem que este último também é totalmente inspirado.

Você lendo encontra muitas similaridades. E lendo outros, você acaba fazendo um parâmetro. É uma onda tsunâmica de romances que se assemelham porque a fórmula deu certo.

Eu li Losing It da Cora Carmack. Muiiiito bom. Muuuuuito parecido com Inferno de Gabriel, porque o cara é o professor da mina, e então rola aquele lance meio proibitivo, uma paixão desmedida que tem que ser controlada e escondida a todo custo dos olhos alheios. Nesse romance a mina é uma virgem aos 22 anos ( não sei porque o grande drama...esse lance não deveria ter idade...) que se sente um peixe fora d'água por sua condição intrépida. Ela quer perder o selo ( daí o título do livro) e acaba em uma situação hilária quando se vê quase nos finalmentes com o bofe mega fodástico, mas desiste na hora H. Que surpresa ela ver que o bofe é o novo professor de teatro dela. Uau....começam aí as desventuras. Entre esconder a crescente tensão e o tesão, e realmente colocar em prática seu plano mirabolante. Coincidência com o Inferno de Gabriel? Os dois vivem às voltas de citações de livros clássicos, neste caso, algumas obras de Shakespeare. Achei a mina um tanto quanto Bella, o mocinho um tanto quanto Edward...mas daí, todos acabam meio que se inspirando no casal mor.

O segundo livro já é um similar também, mas com um contexto um pouquinho diferente. O livro Easy da Tammara Webber é bem bacana e gostoso de ler. Se passa também num ambiente de universidade, com todas aquelas controversas fraternidades pentelhas que vemos nos filmes de Hollywood. Achei totalmente que a inspiração foi em Belo Desastre da Jamie McGuire. Mocinho tatuado, forte, que passa a aura de bad boy, acaba deixando a mocinha totalmente encantada. Ela não é uma flor virginal, mas ainda assim é inocente em certos aspectos e meio retraída. O cara é monitor de uma disciplina e ela não sabe que é o mesmo cara que a ajuda com a matéria. Ela acha o Lucas um irresponsável que não estuda e nem presta atenção nas aulas, mas em contrapartida, recebe ajuda de Landon ( que deveria se chamar Lindon, de tão lindo) e o acha um super mega cara inteligente. Daaaaa....os dois são a mesma pessoa e só depois que a tonta percebe.

Enfim, o cara tem um mistério em sua vida que o deixa resguardado em relacionamentos, mas até que o finalmente aconteça, rola muita ação e pegação com uns amassos bem dados pelos dois. Um ex namorado irritante e um stalker amigo de fraternidade desse ex namorado, uma amiga super mega maneira e festas e baladas, deixam o romance pronto para você ler e se relembrar de certos eventos em seus tempos de faculdade. Ou matar saudade, ou sentir inveja por não ter participado de nada naquele nível.

Honestamente, eu fui uma santa em meus tempos de universidade. Ao ler essas paradas mega doidas que rolam eu fico chocada. Nesses livros os jovens se dão livremente, bebem como gambás, usam alguns entorpecentes e muitos têm um comportamento alheio ao mundo. As autoras pelo menos configuram o uso sistemático de camisinhas ( ufaaaa...ao contrário de algumas autoras hot, né?!).

Em Belo Desastre, Losing It e Easy, além de 50 tons, Toda Sua e Inferno de Gabriel, os elementos das descobertas se misturam, alguns são recém saídos da faculdade, outros ainda estão, mas o que os marca e deixa o romance cotidiano é a presença irrestrita dos amigos ou de uma amiga específica, que torna a vida da protagonista mais legal. Normalmente eu acabo ficando super fã das amigas das protagonistas. Eu acho todas umas fofas. Estão ali pra dar apoio, incentivar, dar conselhos torpes, mas sempre são o ombro amigo. Quem nunca teve uma amiga assim, daquelas inesquecíveis em seus tempos de faculdade? Outra coisa comum a estes romances é o meio de comunicação intenso destes lindos. Sempre trocam mensagens SMS, por email, whatever. Todos tem uma cena típica numa boate, uma balada onde os personagens dançam juntos e quase trocam saliva e tchururu.

Vamos enumerar então as particularidades, okay?

Em ordem de leitura pela minha pessoa e ignorando os antepassados literários dos mesmos, tipo Eddie, Bella, Christian, Anastácia, Gideon e Eva. Todos da mesma árvore genealógica.

Nosso amado Travis Maddox, bad boy inveterado, tatuado, estudante, encrenqueiro, mega gato e cheio de amor pra dar pra mocinha. Não é rico, mas também não é preguiçoso. Luta pra ganhar uns trocados fáceis.

Abby, mocinha ingênua, estudante, com uma queda sinistra pelo bofe, tem uma amiga super ultra maneira e bacana, que namora o melhor amigo do Travis.

Professor Gabriel, super mega gato, charmoso, rico e cheio de amor pra dar para a mocinha. Traumas internos, uma aura de prepotência, um toque de mestre. Rico a dar de pau.

Julie...oh, Julie....tão confusa e cheia de melodramas...ingênua, pobre kinen um angú, estudante com afinco, um ex namorado marrento e pentelho com comportamento stalker. Cai de amores proibidos pelo professor mega culto. Tem uma amiga maneira que lhe enche de conselhos. E acho que tem um amigo também, se não me engano...

Mocinho professor de teatro que chega para substituir um outro prof. Culto, inteligente, com sotaque inglês mega charmoso...o sonho de consumo de qualquer garota. Estudioso, concentrado e super respeitador. Não é rico, mas é gente que rala.

Mocinha virginal, ingênua e cheia vontade de liberar seu lado mais selvagem, mas com um medo interior normal a qualquer garota. Estudiosa, curte umas baladinhas e um porre de vez em quando, se apaixona pelo bofe num boteco, e quase dá uns amassos bem dados nele, mas desiste na hora H. Quando percebe, no dia seguinte, o bofe é o professor de uma matéria que ela tem que cursar para se formar.

Tem uma amiga super maneira que a incentiva a fazer as loucuras que ela às vezes se reprime.

Mocinho com aspecto de bad boy, tatuado, com piercing e tudo mais, estudante que rala, monitor, super mega inteligente e que apenas aparenta ser desleixado. Cai de amores pela mocinha desde o início e mantém um relacionamento virtual com ela ao mesmo tempo. Não é rico, mas não tem preguiça de trabalhar e faz altos bicos na faculdade. Ou seja, gente que rala.

Mocinha ingênua, acaba de perder o único namorado que teve, ingênua, estudiosa, porém em depressão pelo pé na bunda que recebeu, acaba necessitando da ajuda do monitor da matéria, que ela nem imagina ser o mesmo bofe bad boy tatuado e gostoso da sala. Romance proibido ( monitores não podem pegar suas alunas...), com um personagem stalker, amigo do ex- namorado. Tem uma amiga mega fodástica que divide o quarto com ela ( amei a amiga dela! ).

Oi? Cataram as similaridades? De todos aí, o único mega rico é o Gabriel, do Inferno Dantesco lá. Os outros são rapazes e mocinhas que ralam as economias para se sustentar e manter o sonho americano vivo em seus corações...ai, como fui profunda....

Coincidência? As capas desses estilos de romance são muito parecidas. Química Perfeita ( YA) tem uma capa que amo. Olhe abaixo.

Viram? Sempre um casalzinho mega fofo na capa...pra dar o tcham nas minas...agooooora...coincidência dos infernos, que não é de Gabriel, é a capa do romance da Tammara Webber ser absolutamente idêntica, com os mesmo modelos, da capa da Layla James.

Alguma dúvida de que seja o mesmo casal? Hum hum...nenhuma....daí para evitar conflitos e eu não sei quem imitou quem...who knows....acabaram mudando a capa da edição do kindle do romance da Layla, The One for Me.

Aí está. Próximo romance que vou ler....alguma dúvida sobre a temática?

Mocinho bad boy , mega gato, bla bla bla...

Mocinha toma um pé na bunda do namorado e acaba nos braços do bad boy mega gato e bla bla bla...

Tá minha lista! Hahahahahahah

Bjuuuuuuuuu

P.S Percebam que em momento algum eu estou dizendo que uma precisou ler a outra para copiar ou fazer parecido. Eu mesma tenho meu romance escrito a long time ago e nunca tinha lido estes romances, logo, quando alguém ler, vai achar que tem muitas coisas que se assemelham. Mas sabe porque? Porque a temática é a mesma, a vontade de explorar campos de vivências juvenis é a mesma e as sequências em que os personagens jovens vivem é basicamente a mesma. #ficaadica.

 

Abafa o caso…peguei outro pra ler pela dicosa da Karyne ( que está me induzindo a ler só romance nessa leva…) e uouuuuuuuuuuu….

O que dizer a vcs? que farei uma divagação…porque o mocinho do livro é um mix de Christian Grey, com Gideon Cross e Gabriel Infernal. Uau. Segura peão.